Espanha: Esquerda se diz satisfeita com campanha eleitoral

A direção da coalizão Esquerda Unida-Unidade Popular mostrou-se satisfeita com os resultados atingidos durante as duas semanas de campanha eleitoral anteriores às eleições do domingo, as mais disputadas e fragmentadas da democracia espanhola, segundo informou nesta sexta-feira em Madri.

Alberto Garzón

O seu candidato à presidência do Governo, Alberto Garzón, afirmou que sua formação rompeu um roteiro de campanha escrito de antemão para os quatro partidos, em clara alusão ao resto dos candidatos.

Lamentou não tanto a omissão do noticiário da Esquerda Unida (IU) mas o vasto destaque que tiveram seus rivais, o que deixou a sua candidatura fora de um cenário midiático dominado por meios de comunicação próximos à direita e ao poder econômico.

A IU, que durante a legislatura passada foi a terceira força parlamentar, por trás dos tradicionais partidos Popular e Socialista Operário Espanhol, também foi escanteada no debate eleitoral entre os quatro partidos, o que qualificou de desrespeito à democracia.

Em um comício na emblemática Porta do Sol de Madri, Garzón disse estar seguro de chegar com sua mensagem a muita gente que estava indecisa entre sua candidatura e outras.

"Conseguimos convencer os espanhóis de que faz falta uma saída pela esquerda, um novo país com justiça social", reforçou o jovem político.

Durante um encontro na quinta-feira com estudantes na Universidade de Málaga (Andaluzia), o dirigente criticou, sem citá-lo, o partido emergente Podemos, do professor universitário Pablo Iglesias, que se recusou a concorrer às eleições coligado à IU.

Garzón enfatizou que seu partido chegou à política para vencer convencendo e não com malabarismos para adaptar a mensagem ao maior número de votos, outra óbvia referência ao Podemos, um movimento que também se define de "esquerda".