Pequim tenta intermediar solução de crise nuclear na Península Coreana

A China declarou, nesta quinta-feira (7), que busca “maximizar os seus esforços”  para solucionar a crise nuclear da Península Coreana, recusando acusações de que não tem feito o suficiente para colaborar.

Hua Chunying

Após a República Democrática Popular da Coreia (RDPC) ter concluído o seu primeiro teste de uma bomba de hidrogénio, um oficial da chancelaria “fez notar a presença chinesa à embaixada norte-coreana em Pequim”, afirma a porta-voz do referido ministério, Hua Chunying.

Este teste deixou o mundo em polvorosa, havendo rumores que Seul e Washington estariam a preparar-se para tomar medidas após a crescente tensão internacional após o quarto teste da RPDC desde 2006.

Hua disse que a China “expressa preocupações relativas ao desenvolvimento da situação” e que o país apela a todos os envolvidos para “voltarem as atenções à resolução da desnuclearização da Península Coreana através das negociações”.

As conversações, que englobam a RPDC, a República da Coreia, os EUA, a China, o Japão e a Rússia estagnaram em dezembro de 2008. Os testes nucleares foram levados a cabo em 2006, 2009 e 2013.

Yang Xiyu, um estudioso da Península Coreana do Instituto de Estudos Internacionais da China, disse que esta é uma situação em que ninguém ganha.

"A Península está a afastando-se da meta de desnuclearização, sendo que qualquer contramedida levada a cabo por Seul e Washington poderá apenas piorar a situação", disse Yang.

Enquanto isso, a China “participou de forma construtiva” de uma reunião com o Conselho de Segurança das Nações Unidas na quarta-feira (6), de acordo com Hua Chunying.

Em Seul, Cho Tae-Yong, o homem forte do gabinete de segurança da República da Coreia, disse na quinta-feira que o país irá retomar os anúncios propagandísticos com alto-falantes na fronteira com a Coreia do Norte.

Estes anúncios teriam cessado após um acordo concluído em 25 de agosto de 2015 entre os dois países.