Casa da Mulher Brasileira é avanço na política de acolhimento 

A Casa da Mulher Brasileira de Campo Grande (MS) atendeu 10 mil mulheres em situação de violência em 11 meses de funcionamento. De acordo com a coordenadora da Casa, Eloisa Castro Berro, o equipamento facilitou o acolhimento à mulher que encontra no espaço diversos serviços integrados de defesa da mulher. As informações são do balanço feito pela Casa localizada na capital do Mato Grosso do Sul e divulgada nesta semana.

Inauguração da Casa da Mulher Brasileira de MS - Secretaria de Políticas para Mulheres

Além da Casa de Campo Grande, também foi inaugurada a Casa da Mulher Brasileira de Brasília. A secretaria especial de políticas para as mulheres, do Ministério das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, planeja implantar 27 equipamentos em todo o Brasil até 2018.  A Casa da Mulher Brasileira faz parte do programa Mulher, Viver Sem Violência do governo federal.

Acolhimento

Eloísa disse que a mulher está mais consciente de seus direitos e o número de atendimentos demonstra que havia uma demanda reprimida de mulheres, que não buscavam ajuda. “No início, a maior parte das denúncias era de agressão física. Hoje, ameaça e injúria ocupam as primeiras colocações, porque elas denunciam no momento da ameaça.”, afirmou.

De acordo com a coordenadora, o acolhimento foi facilitado com o atendimento humanizado e a presença de serviços integrados como Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam), Defensoria Pública, Promotoria de Justiça, atendimento psicossocial, orientação para autonomia econômica, alojamento e brinquedoteca.

“As distâncias entre um serviço e outro dificultavam o processo. Hoje, tudo o que a mulher precisa para a sua proteção, ela encontra na Casa da Mulher Brasileira.”

Números

Foram 57.411 atendimentos e encaminhamentos para esse grupo de quase 10 mil mulheres atendidas em Campo Grande. Em 11 meses, foram 875 prisões, 2.234 concessões de medidas protetivas, 7.999 boletins de ocorrência registrados e 5.901 atendimentos psicossociais realizados. A brinquedoteca recebeu 1.587 crianças durante o atendimento de suas mães. A Defensoria Pública prestou 1.976 assistências jurídicas e o alojamento abrigou 302 pessoas (201 mulheres e 101 crianças).