Alice Portugal traça estratégia para disputar Prefeitura de Salvador 

A candidatura da deputada federal Alice Portugal (PCdoB) para a prefeitura de Salvador vai começando a se consolidar. Nesta terça-feira (19), as direções municipal e estadual do partido se reuniram para discutir os rumos da candidatura, que, segundo o presidente estadual da legenda, deputado federal Daniel Almeida, tem o aval do governador Rui Costa (PT). De acordo com ele, a partir de agora estão sendo buscadas alianças para a composição da chapa. 

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O parlamentar contou que já há contatos com algumas legendas, como PSD, Psol, PTB e PSB. "Já temos o debate de ter uma candidatura há três ou quatro eleições. Em outros momentos, justificou não termos uma candidatura. Mas nesse ano não tem justificativa", afirmou Almeida.

O deputado defende que a decisão de lançar um candidato próprio em Salvador segue a tese defendida pelo governador de pulverizar candidaturas e, assim, levar a eleição para o segundo turno. "É melhor para que tenhamos um debate mais aberto no primeiro turno, desde que haja unidade no segundo", frisou.

Para essa pulverização, o PT também poderá lançar um nome entre os pré-candidatos Juca Ferreira, ministro da Cultura, o deputado federal Valmir Assunção, o senador Walter Pinheiro e o vereador Gilmar Santiago.

Sem medo

Daniel Almeida diz não temer a popularidade do prefeito ACM Neto (DEM), que deve concorrer à reeleição. "A Bahia é pródiga em desmistificar vitórias com antecedência. As últimas eleições são prova disso (lembrando os casos das vitórias de Jaques Wagner e Rui Costa). Não vamos olhar para pesquisa. Não significam nenhuma posição", disse.

A pré-candidata Alice Portugal afirma que sua candidatura irá propor um debate com toda a cidade, o que considera ser seu trunfo. "Vamos chamar as pessoas ao debate, com uma questão central: se a cidade fosse nossa, como faríamos? A ideia é visitar os bairros, trabalhar nas comunidades", contou a deputada.

Alice também minimizou as pesquisas favoráveis ao atual prefeito. "Se essa popularidade fosse de verdade, Wagner e Rui não seriam eleitos", acredita.