Dilma sobre combate ao Aedes: O povo brasileiro vai ganhar essa guerra

A presidenta Dilma Rousseff se reuniu nesta sexta-feira com os governadores dos estados de Pernambuco, Paraíba, Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo, por meio de videoconferência, para tratar de medidas de combate ao mosquito Aedes aegypti. Para Dilma, o país precisa se mobilizar para não "perder a guerra" contra o mosquito.

Dilma em conferência com governadores sobre combate ao mosquito da dengue

Dilma concedeu entrevista coletiva após a reunião. Indagada pela grande mídia sobre as declarações do ministro da Saúde, Marcelo Castro, que havia dito que o país estava perdendo a guerra para o Aedes, Dilma responde: "É impressionante, achei fantástico. Por que criar um problema com a constatação da realidade? Dizer que estamos perdendo [a guerra] é porque queremos ganhar. Nós queremos ganhar. Estamos dizendo: se não nos mobilizarmos, vamos perder isso. Vamos nos mobilizar", afirmou Dilma.

Para vencer a guerra, segundo Dilma, é preciso mobilizar toda a nação, pois enquanto o mosquito estiver se reproduzindo, a ameaça persiste.

"Nós estamos perdendo. Enquanto o mosquito se reproduzir, estamos perdendo a luta. Se eu dissesse que nós estamos ganhando a luta, a gente estaria numa fase mais avançada. Mas nós vamos ganhar essa luta, é uma outra coisa. Nós vamos mostrar que o povo brasileiro vai ganhar essa guerra", completou a presidente.

E acrescentou: "O governo federal hoje começa uma faxina dentro de todas as unidades do governo federal, das Forças Armadas, todas as unidades do Ministério do Desenvolvimento Social, na Educação, na Saúde, em todas as esferas".

Nesta sexta (29), o governo federal promove um dia de mobilização para eliminar possíveis criadores do Aedes aegypti.

Boletim divulgado na quarta-feira (27) pelo Ministério da Saúde confirma que 270 crianças nasceram com microcefalia por infecção congênita, mas não necessariamente causada pelo vírus Zika. A pasta ainda investiga 3.448 casos suspeitos de microcefalia.

A Região Nordeste concentra 86% dos casos notificados. Pernambuco continua com o maior número de casos em investigação (1.125), seguido da Paraíba (497), Bahia (471), do Ceará (218), de Sergipe (172), Alagoas (158), do Rio Grande do Norte (133), Rio de Janeiro (122) e Maranhão (119).