O time Araguaia pede justiça pelo assassinato de comunistas
O time entrou com uma faixa em campo com os dizeres "A Associação Esportiva Araguaia pede rigor e justiça nas investigações dos assassinatos dos camaradas Moises Gumieri – PCdoB/MG e Luiz Bonfim – PCdoB/ São Domingos do Araguaia/PA".
Publicado 22/02/2016 16:43 | Editado 04/03/2020 17:16
A Associação Esportiva Araguaia venceu o Santo Alberto por 2×1 em sua primeira partida pela Copa Santo André 2016 e se classificou para a próxima fase, e mais do que a vitória e o bom futebol a equipe vermelha fez uma bonita homenagem aos comunistas mortos recentemente e Minas Gerais e no Pará.
Entenda os casos
Moises Gumieri
O prefeito de Chiador, Moises da Silva Gumieri, foi assassinado na noite desta terça-feira (9) em um clube da cidade. De acordo com a Polícia Militar (PM), o crime ocorreu por volta das 19h e foi presenciado pelo filho da vítima, de nove anos. A família informou que o velório será na casa da vítima e aberto ao público, mas não disse o horário.
Gumieri tinha 36 anos e foi eleito pelo Partido dos Trabalhadores (PT) no primeiro turno das eleições de 2012, com 52,41% dos votos válidos (1.456 votos). Em 12 de dezembro de 2015, ele se filiou ao Partido Comunista do Brasil (PCdoB).
Ainda segundo a PM, a vítima foi atingida por cinco tiros efetuados por dois autores. Moises estava no clube, que fica perto da residência dele, acompanhando um jogo de futebol entre crianças da cidade, até que foi chamado pela dupla para fora do local. Em seguida, os suspeitos atiraram. O filho de nove anos estava com ele e presenciou o crime.
Luiz Bonfim
Mais uma liderança pelos direitos à terra foi assassinada no Pará. Luiz Antônio Bonfim, de 45 anos, era presidente do PCdoB e também estava à frente de uma ocupação de sem terra na comunidade de Brejo Grande do Araguaia. Ele foi assassinado na sexta-feira (12), em São Domingos do Araguaia, sudeste do estado.
Luiz defendia a desapropriação de áreas para reforma agrária na região. Ele foi morto a tiros na cabeça enquanto comprava pão em um estabelecimento da cidade. Mas a polícia, por enquanto, afirma que não há evidências de crime ligado à questão agrária.