Bancada discute direitos LGBT

 Violência recorrente contra esses públicos preocupa parlamentares comunistas no Congresso.

LGBT

 Por: Iberê Lopes | Edição: Marciele Brum

Violência recorrente contra esses públicos preocupa parlamentares comunistas no Congresso.
Iberê Lopes

Parlamentares comunistas recebem pauta de luta de movimento LGBT
A batalha contra o preconceito e a violência que vitimam homossexuais foi tema de reunião com deputados do PCdoB. Os parlamentares defendem uma pauta ampla no Congresso Nacional, por mais direitos e projetos que estimulem o respeito à diversidade sexual. A Frente Pluripartidária LGBT apresentou suas principais reivindicações à Bancada Comunista na Câmara nesta quinta-feira (24).

O documento tem três eixos focados em legislação inclusiva, direito à família e combate à violência. A violência verbal, física e silenciosa que vive e convive o público LGBT deixou 318 gays mortos em 2015 em todo o país. De acordo com a deputada Angela Albino (PCdoB-SC), esta é uma realidade que precisa ser enfrentada no Parlamento e na sociedade. “É uma prioridade para nós, do PCdoB, porque nós sabemos deste clima de ódio. Pessoas que são espancadas até a morte por serem homossexuais”, afirmou a parlamentar.

O relatório anual sobre o assassinato de homossexuais, divulgado em janeiro de 2016, pelo Grupo Gay da Bahia (GGB) – mais antiga entidade do gênero do Brasil – aponta que do total de vítimas, 52% são gays, 37% travestis, 16% lésbicas, 10% bissexuais.

Desde as raízes familiares aos espaços de poder. Todas as formas de violência – verbal, física e/ou silenciosa – precisam ser enfrentadas pelo Parlamento para responder às demandas da sociedade. Para o líder do PCdoB na Câmara dos Deputados, Daniel Almeida (BA), “a luta contra violência e o direito à família são pautas que já têm absoluta identidade com o que a Bancada Comunista tem defendido na sociedade e também no Congresso”.

Compreender o universo LGBT e entender as diversas expressões de afeto e sexualidade como algo normal. Esta, talvez seja uma barreira que precisa ser derrubada para evitar que mais pessoas sofram com a ignorância diante do assunto.

O acompanhamento e sensibilização das lideranças e partidos no Congresso Nacional será tarefa da Frente Pluripartidária LGBT. Dialogar sobre questões do âmbito dos direitos humanos e as violações dos direitos de pessoas lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais. É o que destaca Andrey Lemos, presidente da União Nacional LGBT (UNA LGBT). “O que nós queremos é a garantia dos direitos das diferentes formas de arranjos familiares e também da garantia da identidade de gênero. Este é o papel da nossa Frente”.

Os representantes dos movimentos entregaram um documento com as principais reivindicações ao líder da Bancada. São signatários o PCdoB, PDT, PPS, PSDB, PSB, PSOL, PT, PV e REDE.