Estudantes da rede pública são maioria dos aprovados em Medicina

Recentemente, a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) divulgou que 88,2% dos aprovados em primeira chamada na faculdade de medicina fizeram o ensino médio em escola pública. O dado chama a atenção porque o curso, um dos mais concorridos do País, sempre teve a maioria das vagas ocupadas por estudantes de escolas privadas.

escola pública

Segundo o vereador Gustavo Petta (PCdoB), a mudança é resultado de uma série de fatores, entre eles a consolidação do Programa de Ação Afirmativa e Inclusão Social da Unicamp – sistema de bonificação que amplia as chances de inclusão de alunos da rede pública. “A entrada de jovens da escola pública na universidade vai mudar para melhor o perfil dos futuros médicos”, acredita o parlamentar.

Ainda conforme Petta, isso aconteceria porque os estudantes da rede pública teriam experiências de vida mais próximas da realidade da população que utiliza o Sistema Único de Saúde (SUS) ou seriam eles próprios usuários. “É claro que o aluno de classe alta também pode ter empatia pelas causas sociais, mas isso é muito mais raro. Os futuros médicos formados pela Unicamp, por virem das classes médias e baixas, possivelmente farão uma medicina mais humanizada e verão a saúde como um questão de política pública”, disse.

Na sessão de ontem (22), o vereador protocolou requerimento solicitando voto de aplauso da Câmara Municipal ao estudante Vítor Santana Costa (foto), aluno da Escola Estadual Adalberto Prado, localizada na Vila Costa e Silva, em Campinas. Com apenas 16 anos de idade e tendo vindo do interior da Bahia em busca de oportunidades, o jovem foi aprovado recentemente no curso de medicina da Unicamp. “A história do Vítor é inspiradora e aponta para um caminho de mudanças positivas para a saúde no Brasil”, afirmou.

De Campinas
Texto e foto da Assessoria de Imprensa do vereador