Na Argentina, aprovação de Macri cai e aumentam os protestos

Pesquisas realizadas no último mês na Argentina revelam que o presidente Maurício Macri tem perdido aprovação popular. Segundo o estudo publicado pela Haime e Associados, a imagem positiva do mandatário passou de 62% em dezembro passado, para 53% em fevereiro.

Manifestação contra Macri na Argentina - Reuters

A pesquisa mostra ainda que a quantidade de pessoas que se declaram “adeptos” ao governo caiu de 49% para 44%, enquanto os auto declarados opositores hoje já somam 30%, contra os 18% do início do mandato.

Outra empresa de pesquisa, a Raúl Aragón, realizou um estudo comparativo entre três medições, uma feita em novembro, outra em janeiro e a terceira em fevereiro. Neste caso, a imagem pessoal de Macri e seu governo tiveram uma queda drástica: de 70% dos entrevistados que o viam com bons olhos, restam apenas 20% na última pesquisa.

Segundo o estudo, 80% dos argentinos entrevistados em novembro acreditavam que o governo de Macri seria muito democrático. Os dados obtidos em fevereiro mostram que agora apenas 60% continua pensando assim.

A pesquisa da empresa Poliarquía mostra que no início do governo, em dezembro, 71% dos entrevistados tinham uma visão positiva do governo, hoje este número já caiu para 52%.

Neste domingo (6), mais de 50 organizações sociais e políticas da Argentina realizaram uma grande manifestação contra as políticas neoliberais impostas por Macri de forma autoritárias durante seus três primeiros meses de mandato.

A manifestação foi convocada pelas organizações por meio das redes sociais e reuniu milhares de manifestantes de todos os pontos da capital, Buenos Aires, no parque Chacabuco, na região central. Um dos comunicados oficiais dizia: “somos empoderados e não temos medo da direita conservadora, tampouco a subestimamos. Te esperamos!”.