Para combater o ódio, musica e poesia pela democracia

Apoiadores da presidenta Dilma Rousseff realizaram neste domingo (13) um sarau musical pela paz e pela democracia em um restaurante, na Vila Madalena, na zona oeste de São Paulo. Pelo menos 200 pessoas compareceram ao evento, organizado pelo jornalista Luís Nassif.

Sarau pela democracia - Arquivo pessoal

"Estamos aqui lembrando que durante os anos difíceis da ditadura militar a música era um elemento de coesão. O pessoal veio em sinal de celebração da paz. O dia de hoje também vai passar", disse Nassif, em menção a música "Vai passar", de Chico Buarque, composta em protesto à ditadura e uma das mais pedidas no sarau.

Quem quisesse se aventurar era convidado a pegar o microfone e soltar a voz, acompanhados por violão e bandolim, tocado pelo próprio Nassif. Os participantes cantaram clássicos da música brasileira, como "Canto das Três Raças", na versão de Clara Nunes, "O Bêbado e a Equilibrista," na versão de Elis Regina e "O Que é O que é", de Gonzaguinha.

"Vim até aqui no dia de hoje com muita esperança, para encontrar pessoas com consciência política", conta a professora aposentada Maria de Lurdes de Moraes, que chegou ao restaurante no começo da tarde, acompanhada pelo filho. O sarau começou às 15h e seguiu até às 19h, em tom muito alegre e descontraído.

Não foram feitos discursos políticos, apenas foram tocadas e cantadas músicas com teor militante. "Conquistamos a democracia a duras penas. Não vamos deixar que isso se perca", disse a cantora Clarty Bacic Cavalcante Galvão, que também participou do sarau.

"Tendo em vista nosso momento político, viemos aqui por ser um sarau que representa a paz. Somos a favor do progresso social que os governos do PT trouxeram para o povo brasileiro", disse a dona de casa Isaura Maria Vita. "O Brasil só será primeiro mundo quando tivermos o que lá eles têm: reforma política e justiça igualitária."