Davidson: Comissão deve ser espaço resistência em defesa da Petrobras

Deputado Davidson Magalhães (PCdoB-BA), presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Petrobras, garante que colegiado consolidará luta para garantir o direito à exploração do pré-sal.

Comissão especial

A Câmara dos Deputados instalou nesta quarta-feira (16), a comissão especial que analisará o Projeto de Lei (PL) 4567/16, que retira da Petrobras a obrigatoriedade de participar da extração do petróleo da camada pré-sal. Na ocasião, foram eleitos presidente e vice-presidentes – Lelo Coimbra (PMDB-ES), Max Filho (PSDB-ES), Carlos Zarattini (PT-SP) e José Stédile (PSB-RS), respectivamente – além do relator, José Carlos Aleluia (DEM-BA).

Para o deputado Davidson Magalhães (PCdoB-BA), presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Petrobras, a chapa, eleita por unanimidade, está nas mãos de uma maioria conservadora, o que indica a importância do enfrentamento de ideias no colegiado.

“Enquanto tiver na direção da Câmara este corrupto do Eduardo Cunha, dificilmente nós teremos qualquer tipo de comissão favorável aos interesses do povo brasileiro. Essa comissão está sendo dirigida pelo setor conservador e vão aproveitar para neste momento de crise abrir os interesses do Brasil ao capital internacional ainda mais. São setores historicamente ligados a essas alas, mas vamos resistir”, afirma.

De acordo com o parlamentar, a comissão será um espaço importante para tentar garantir os interesses nacionais. A proposta em análise, proposta pelo senador José Serra (PSDB-SP), tira a exclusividade da Petrobras na exploração do pré-sal. Segundo Davidson, este é um ponto estratégico para país.

“Nós sabemos que ser operadora única significa controlar a produção do ponto de vista estratégico, garantir a produção e o desenvolvimento tecnológico aqui no Brasil da cadeia de petróleo e gás. Esses dois elementos que são extremamente positivos e estratégicos para o Brasil já foram derrotados no Senado. Aqui na Câmara, com uma composição mais conservadora, o risco é vir um novo questionamento em relação ao regime de partilha. Portanto, nós temos que fazer uma resistência na defesa dos interesses nacionais, da Petrobras e do pré-sal para o povo”, diz.

Na próxima semana, o relator irá apresentar um plano de trabalho para as discussões sobre a matéria.