Alice critica ACM Neto por agressões aos servidores em greve 

Em pronunciamento no Plenário da Câmara dos Deputados, nesta terça-feira (22), Alice Portugal (PCdoB-BA) criticou a postura do prefeito de Salvador, ACM Neto, em relação aos servidores do município que estão em greve por tempo indeterminado e sofrendo agressões físicas e morais. Alice citou a agressão sofrida pela servidora Marizete Pires, reiterando sua total solidariedade à funcionária pública. 

Alice critica ACM Neto por agressões aos servidores em greve - Sindiseps

O coordenador geral do Sindicato dos Servidores Públicos de Salvador (Sindseps), Everaldo Braga, diz que o prefeito ACM Neto tem se utilizado de artimanhas para negar aos servidores públicos municipais o seu direito à correção salarial. Segundo ele, o prefeito diz que a data base da categoria é no mês de maio, mas omite a informação de que a Lei Eleitoral proíbe que o agente público ofereça reajustes ao funcionalismo nos 180 dias que antecedem o pleito eleitoral.

Para a deputada, é inadmissível que um prefeito se utilize de manobras com a Lei Eleitoral para negar aos servidores municipais seu direito ao reajuste salarial. “Ele sabe que o tempo é seu aliado e se recusa a abrir negociação com os servidores para, na prática, jogar para 2017 qualquer possibilidade de correção da folha salarial. É uma manobra torpe, digna de quem não respeita os servidores e o serviço público”, avalia a parlamentar, que é pré-candidata à Prefeitura de Salvador.

O Sindiseps apresentou ao governo municipal a proposta de reajuste linear de 17% sobre todas as categorias do funcionalismo público municipal para corrigir os efeitos da inflação acumulada nos últimos doze meses. Em relação ao auxílio alimentação, os servidores querem a correção dos atuais R$ 14,00 para R$ 25,00.

Embora apregoe para a imprensa que mantém diálogo aberto com o Sindicato e as diversas categorias de servidores, a Prefeitura de Salvador se recusa até mesmo a discutir a possibilidade de reajuste salarial sob a alegação de que a arrecadação do município não comporta aumento de gastos.

Segundo o Sindiseps, o quadro municipal conta com cerca de 22 mil funcionários e a greve atinge funcionários da saúde, do transporte, do trânsito, da educação e de diversas outras áreas da administração.