Parlamentares convocam para ato contra impeachment de Dilma 

O líder do governo, senador Humberto Costa (PT-PE), conclamou os cidadãos contrários ao impeachment da presidente da República, Dilma Rousseff, a irem às ruas na quinta-feira, dia 31 de março. Ele lembrou que a data é sugestiva porque marcará os 52 anos do Golpe de 1964, que deu início a ditadura militar. Outros parlamentares reafirmaram a convocação. 

Parlamentares convocam para ato contra impeachment de Dilma - Agência Senado

Para Humberto Costa, é importante que a sociedade tenha em mente que o impeachment, apesar de ser um dispositivo previsto na constituição, ele só pode ser aplicado quando for comprovado crime de responsabilidade por parte do presidente da República. E, segundo ele, Dilma Rousseff não cometeu nada que possa resultar em um processo de impeachment.

“É ilegítimo, é ilegal e é imoral para que se diga com todas as letras o que estão maquinando contra o nosso país hoje. Então é preciso chamar a atenção dos golpistas para isso. Não pensem que vocês vão ter trégua. Nós vamos lutar até o último momento pela legalidade, pela manutenção da ordem democrática”, afirmou.

A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) condenou a parcialidade com que o assunto está sendo levado aos brasileiros. “Quem dá a última palavra é o povo na rua, a cidadania, mas para que a cidadania possa ser exercida na sua plenitude, a população tem que ter acesso a todas as informações. Porque uma cidadania, um conjunto de pessoas que trabalha com informações pela metade, não pode chegar a uma conclusão justa e correta”, avalia.

Lado certo

O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) ressaltou a repercussão da denúncia do “golpe” na imprensa internacional e condenou setores da sociedade que, segundo ele, aproveitam a crise do país para promover uma conspiração contra o governo e pela volta do neoliberalismo.

“O mais importante não é a escolha oportunista de quem quer ganhar o poder a qualquer custo: é se ter a convicção de que se está do lado certo. O decisivo não é o julgamento conjuntural da mídia venal e dos cultores do ódio: é o julgamento da História, que, no longo prazo, condenará implacavelmente os que se colocarem contra a democracia.

Na Câmara, o deputado Luiz Couto (PT-PB) criticou as tentativas de do juiz Sérgio Moro e da oposição de “rasgar”a Constituição para, “a todo custo punir publicamente nosso ex-presidente Lula e derrubar por meio do golpe nosso governo”, criticou.

Contra esta “perseguição”, Luiz Couto defendeu a contraofensiva. “E a contraofensiva de massas, começando hoje, desembocando amanhã e continuando com a marcha de 31 para Brasília. Pipocar por todo o Brasil cartazes dos mais diferentes tipos de apoio ao Lula que, hoje, mais do que nunca, representa os anseios democráticos do povo brasileiro", finalizou.