Artigo: A Democracia Pede Passagem

O momento político brasileiro é de instabilidade e divisão. Sob o comando de Eduardo Cunha e de outros tantos deputados investigados por crimes de corrupção, iniciou-se, em 2015, na Câmara dos Deputados, a trama por um golpe ao principal instrumento de exercício da democracia: o voto.

A UCE sempre defendeu a liberdade democrática e a soberania nacional. Em nossos primeiros anos, estivemos na campanha “O Petróleo é Nosso!”. Da mesma forma, apoiamos em 1961 a posse do Presidente João Goulart na “Campanha da Legalidade”. Entre 1964 e 1985 – durante a Ditadura Civil-Militar – apoiamos os estudantes em busca da tão sonhada democracia. Mesmo na clandestinidade, a UCE não se intimidou com a repressão e, em 1979, construímos junto ao povo um dos maiores atos políticos de Santa Catarina: a Novembrada.

Participamos arduamente da campanha pelas “Diretas Já!” e, em nome da juventude, garantimos que já aos dezesseis anos os brasileiros pudessem votar.

Após a redemocratização, apoiamos sim o impeachment do Presidente Collor, que, ao contrário de Dilma, tinha contra si inúmeras provas materiais da autoria de crime de responsabilidade.

Temos inúmeras críticas ao Governo Federal. O recente corte de R$15bi de reais no orçamento do Ministério da Educação prejudicará e muito vários estudantes, por exemplo.

Esta não é, porém, uma disputa de governistas contra opositores. Posicionamo-nos no atual cenário como defensores do Estado Democrático de Direito, tendo em vista que o pedido de impeachment em tramitação na Câmara, de acordo com inúmeros juristas, não traz prova de crime de responsabilidade cometido por Dilma.

A UCE vive para defender a democracia. Juntamente com juristas, estudantes,artistas, empresários e trabalhadores, nós, brasileiros, contrários ou favoráveis ao Governo Federal, devemos nos unir em nome da maior conquista que tivemos nos últimos anos: a democracia!