Pela democracia, Câmara reprova tentativa golpista de impeachment
Sem comprovação de crime de responsabilidade, a Câmara dos Deputados negou neste domingo (17) a admissibilidade do processo de impeachment imposto pela oposição ao governo da presidenta Dilma Rousseff. O placar foi de … a tanto.
Publicado 17/04/2016 19:30

Era preciso mais de 66,7% dos votos dos deputados (342 votos sim), para que o processo fosse aprovado. Na abertura da votação, o quórum registrava a presença de 505 deputados.
O chamado “terceiro turno das eleições” foi provocado pela oposição ao governo Dilma na Câmara dos Deputados pelos que não respeitam as instituições democráticas e o voto popular. E foi isso que fizeram este tempo, criminosamente insuflaram a crise que debilitou a economia, as empresas, aumentou o desemprego e impôs sacrifícios ao povo. Desde a eleição de Dilma não deixam o governo trabalhar para o Brasil voltar a crescer.
Essa vitória contra o golpe se deve pela liderança da presidenta Dilma, do ex-presidente Lula e pelas bancadas progressistas na Câmara, mais ainda, pela voz ativa e pela coragem de cada um dos militantes, das ruas e das redes, dos trabalhadores, das trabalhadoras, do campo e da cidade, dos jovens, da classe artística, dos juristas e professores que se somaram na defesa intransigente da democracia.
Ampliar o diálogo e retomar o desenvolvimento econômico e social
Após essa vitória das forças democráticas, o governo deve virar essa página de crise política, apoiar as iniciativas no sentido de recuperar o progresso e a normalidade política-institucional. Para tanto, o governo deve retomar o crescimento econômico, gerando emprego e renda, reduzindo as desigualdades sociais e regionais e fortalecendo a soberania nacional.
O momento exige muito diálogo, disposição para garantir os direitos conquistados e ousadia para empreender medidas que ajudem o país a retomar o desenvolvimento com inclusão social. A economia nacional atravessa um difícil período de recessão. O desafio da presidenta Dilma, agora e já, é persistir na construção de um pacto que resguarde a democracia, instaure a normalidade política e garanta a estabilidade institucional.
Mais do que nunca a presidenta Dilma é chamada a promover a união de amplos setores da Nação, apoiada pelo povo, para o país vencer a crise. A presidenta precisa pactuar uma nova agenda de convergência entre empresários, trabalhadores e investidores por uma nova arrancada de crescimento.
À medida que este acordo avance, as forças democráticas terão melhores condições para desmascarar e derrotar o setor mais reacionário da oposição, aquele que persiste na investida golpista. Por isso, é fundamental que o governo recomponha e amplie sua base social, esclarecendo e dialogando com suas bases fundamentais de sustentação para fortalecer a resistência.
É hora de rearranjar a base política de apoio no Congresso e de pactuar compromissos mútuos com os demais poderes em benefício do país, da economia e dos interesses do povo.
É urgente que o governo lidere um acordo nacional em torno de uma pauta que impulsione a retomada do crescimento econômico com progresso social, proteção ao emprego e preservação de direitos trabalhistas. Para isto, impõe-se deixar para trás a agenda golpista e no seu lugar acentuar a retomada do crescimento.