Publicado 27/04/2016 16:36 | Editado 04/03/2020 16:24

Mesmo com o chefe da Casa Civil do governo Jango, Darcy Ribeiro, informando ao Congresso Nacional no dia 1 de abril de 1964 que o presidente João Goulart se encontrava em território nacional, o presidente estava em Porto Alegre (RS) com o seu cunhado, o então ex-governador Leonel Brizola, rearticulando uma nova rede pela legalidade e contra o golpe, assim mesmo, o presidente do Congresso Nacional, o golpista senador Moura Andrade, considerou o cargo da presidência da República vago, declarando e dando posse como novo presidente da República, na madrugado do dia 2 de abril, o deputado golpista e usurpador Ranieri Mazzilli, então presidente da Câmara Federal. Tudo isso acompanhado e presenciado pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, Álvaro Ribeiro da Costa.
O fato é que tanto o senador Moura Andrade na época, como o deputado Eduardo Cunha hoje estão garantindo suporte institucional ao golpe de estado.
Em 1964, o suporte institucional foi para dar o ar de legalidade às tropas golpistas que partiram de Minas Gerais, sob o comando do General Mourão Filho e com o pleno apoio do comandante do II Exercito Amaury Kruel. A história retrata o apoio ao golpe da elite conservadora, da igreja, da classe política financiada pelo Ibad, Adep e Ipes e com o apoio do governo americano na famosa operação Brother San.
Em 2016, o suporte institucional é para dar legalidade ao impeachment da presidenta Dilma. Um golpe orquestrado por uma oposição rancorosa, e um conluio de corruptos jamais visto na história brasileira, patrocinados pelo grande empresariado e uma mídia parcial.
Um golpe sem legitimidade, sem crime de responsabilidade. Vergonhoso. E o pior! Sob o olhar da mesma Corte Suprema que deveria ser a "guardiã da Constituição brasileira".
*Campelo Costa é mestrando em Administração e cearense de luta.
Opiniões aqui expressas não refletem necessariamente as opiniões do site.