Donald Trump: política exterior dos EUA é um desastre
O pré-candidato republicano estadunidense às presidenciais de novembro Donald Trump disse nesta quarta-feira (27) que a política exterior dos Estados Unidos é um desastre total e suas incoerências danificam os interesses do país na arena internacional.
Publicado 27/04/2016 19:22
O magnata prometeu que se chegar à chefia da Casa Branca imporá uma mudança significativa às relações dos Estados Unidos com o resto do mundo, sobre a base de um consenso bilateral, e porá os interesses nacionais em primeiro lugar ao tomar qualquer decisão que envolva outros países.
"Temos que ser imprevisíveis", acrescentou Trump, que também prometeu modernizar o armamento nuclear do país e dedicar todos os meios que forem necessários às forças armadas norte-americanas para projetar seu poderio global e garantir o bem-estar dos militares.
O empresário de 69 anos criticou a estratégia de Washington de impor a democracia ocidental em nações que não estão interessadas em implantar esses preceitos, o que ocasionou sérios problemas aos interesses norte-americanos.
Fez um levantamento da política exterior estadunidense nos últimos anos, o que incluiu períodos de administrações republicanas, depois de mencionar os erros que segundo ele se cometeram no Iraque, Egito e Líbia, ocasião que aproveitou para reiterar sua rejeição ao que chamou "extremismo islâmico", ao que qualificou como uma das principais ameaças para Washington.
Acrescentou que os acordos do comércio exterior do país estão roubando os empregos dos cidadãos norte-americanos e afirmou que os aliados dos Estados Unidos não compartilham os custos da segurança comum.
Segundo sua opinião, foi "desastroso" o recente acordo atingido entre o Irã, os membros permanentes do Conselho de Segurança mais Alemanha, e criticou o papel desempenhado pelo presidente Barack Obama neste acerto.
"Nossos adversários não nos levam a sério, não nos respeitam, estão confusos igual a nossos aliados. Os Estados Unidos devem estar preparados para que seus aliados se defendam por si só, mas voltaremos a fazer que o país seja forte e poderoso, e ao mesmo tempo uma nação pacífica", acrescentou Trump.
O aspirante à Casa Branca venceu as primárias celebradas na terça-feira (26) em Connecticut, Delaware, Maryland, Pensilvânia e Rhode Island, o que consolidou suas posições pela nomeação do Partido Republicano para as presidenciais de novembro.
O triunfo aproxima-o mais de uma provável disputa com a ex-secretária de Estado e pré-candidata democrata Hillary Clinton.