Maduro: Ataques contra Dilma buscam neutralizar união latino-americana
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou nesta terça-feira (26) que os ataques contra a presidenta Dilma Rousseff e seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, buscam “neutralizar” a união da América Latina e do Caribe.
Publicado 28/04/2016 09:25
“Querem neutralizar o Brasil, que é o gigante do Sul, para neutralizar o Brics [Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul], a União de Nações Sul-Americanas (Unasul) e a união da América Latina e do Caribe”, disse o mandatário durante o programa semanal “Em Contato com Maduro”.
Segundo ele, o golpe está sendo executado por setores e “fatores” mais vinculados à embaixada dos Estados Unidos no Brasil. “É um golpe infame contra uma mulher valente, brava, honesta”, disse, referindo-se a Dilma Rousseff.
Para o presidente, trata-se de uma “vil perseguição” contra um “poderoso movimento social” que governa o Brasil. Ele lembrou que foi nas gestões de Lula e Dilma que mais pessoas se incorporaram à classe média brasileira e saíram da pobreza, citando os programas Fome Zero e Minha Casa Minha Vida.
De acordo com Maduro, o golpe atinge não apenas o governo brasileiro, mas todos os setores progressistas da região.
“É um golpe contra todos, contra os movimentos progressistas, nacionais, populares, os povos, [o objetivo] é acabar com tudo”, disse.
O chefe de Estado afirmou também que o povo brasileiro saberá lidar com o atual momento e que, a partir desse processo, “sairá um Brasil maior”.