Arruda Bastos: O fajuto time do desgoverno Temer II

Por *Arruda Bastos

Michel Temer

Logo após publicar meu artigo intitulado “O fajuto time do desgoverno Temer”, recebi diversos e-mails e mensagens pelas redes sociais de um grande número de torcedores solicitando mais informações dos bastidores do time e dos jogadores-ministros desse horripilante ajuntamento de minhocas e cabeças de bagre.

Resolvi, então, para atender aos anseios dos curiosos torcedores, escrever outro capítulo, e, assim, transformar meu primeiro artigo em uma série, como no cinema: Halloween, Jogos Mortais, A Múmia, todos tenebrosos como Temer, apelidado por muitos de “vampiro”. Desta forma, o segundo capítulo será intitulado “O fajuto time do desgoverno Temer II”, e outros capítulos seguirão.

A primeira informação importante é o nome do time que, por inspiração, resolvi denominar de “Clube dos Vampiros”, uma vez que os integrantes só pensam em sugar o sangue dos brasileiros, retirando direitos sociais, trabalhistas e recursos dos cofres públicos, privatizando tudo que for possível. Seu campo de treinamento foi apelidado de “Vampirão”, com sede em Brasília, próximo ao Palácio Jaburu, onde foi tramado todo o golpe, a traição e a convocação do time nos últimos anos.

A cor do primeiro uniforme é preta, lembrando a fúnebre conjunção de “almas penadas” no time; o segundo, da cor roxa, com detalhes de mortalha, haja vista que é óbvio que o time morrerá em breve. Os estilistas tiveram o cuidado de não tingir nada de vermelho, visto que o time “treme nas bases” quando lembra os adversários.

Agora vamos para o que interessa, que são os jogadores da reserva, os considerados curingas, por jogarem em todas as posições, do goleiro ao ponta esquerda. O principal deles é o jogador Leonardo Picciani (PMDB-RJ), Ministro dos Esportes. Até quinze dias atrás estava na esquerda e agora se coloca na direita e é provável também que possa atuar no gol; Gilberto Kassab (PSD-SP), das Comunicações, Ciência e Tecnologia, teve o nome citado na lista de pagamentos da Odebrecht e é muito bom em mudar o jogo e de clube; Bruno Araujo (PSDB-PE), pasta das Cidades, que tem como único cartel ter sido o voto final na Câmara na admissibilidade da acusação do Impeachment, também está na lista da Odebrecht, o que parece ser uma vantagem para o time.

Outro jogador que merece até um novo parágrafo é o ilustre Sarney Filho (PV-MA), Ministro do Meio Ambiente, que tem como missão, mesmo no banco, de limpar a sujeira e o odor fétido do time. Ele foi um dos investigados pelo Ministério Público por usar sua cota de passagens áreas para voar ao exterior com a mulher e o filho, mas tem um QI (“quem indica”) muito forte: seu pai, José Sarney.

Outros não vou citar, pelo menos por enquanto, para não irritar ainda mais os torcedores, tendo em vista que, quanto mais apresento os nomes, mais o time vai se mostrando corrupto e pior. Como Nelson Rodrigues, digo que “muitas vezes é a falta de caráter que decide uma partida. Não se faz literatura, política e futebol com bons sentimentos”.

Além de todo o citado, o Time de Temer virou o Clube do Bolinha: é um esquadrão andrógeno e misógino, uma vez que mulher não entra e também nem se cogita pensar em negros e minorias. Motivos que afastaram, sem dúvida, Marta do futebol feminino, e Pelé, nosso Rei do futebol, de contribuir.

Para concluir, o time, como vimos, tem de tudo: dos treze jogadores-ministros que são congressistas, onze têm registros judiciais, sete são citados na Operação Lava Jato, e muitos outros constam na lista de Furnas e da Odebrecht. O time vai desde o “Motosserra de Ouro”, “Rei da Soja”, passando também por condenado por desvio de merenda escolar, dentre outros crimes. Acredito que o treinador-traidor Temer baseou-se na frase de Neném Prancha: “se concentração ganhasse jogo, o time do presídio não perdia uma”.


*Arruda Bastos é Médico, radialista, professor universitário, ex-secretário da saúde do Estado do Ceará e um dos coordenadores do Movimento Médicos pela Democracia.

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