Regis Vascon fala sobre direitos humanos e igualdade social

Referência no movimento em defesa da diversidade sexual, o militante foi convidado pela professora Silmara Cristina Ramos Quintanilha, da Universidade Paulista (Unip/Campinas). A palestra foi ministrada para várias turmas do curso de Assistência Social, dentro da Semana do Profissional de Assistência Social.

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Ele fez um resgate histórico da violação dos direitos cometidos contra as mulheres e negros ao longo da história do Brasil. Regis reforçou que o momento é de avançar com a quebra de paradigmas ainda existentes e não permitir o retrocesso. Lembrou que o racismo, o machismo e homo-transfobia têm historicamente os mesmos pilares de opressão – a religião, a medicina e a lei. Tal abordagem levou à reação um grupo de pessoas que sentiram-se ofendidas pela referência à religiosidade.

Por isso, Regis lembrou que os negros foram transformados em escravos e espalhados compulsoriamente por vários países como se fossem mercadoria (semoventes), que até 1932 as mulheres não podiam votar nem ser votadas e seu corpo era considerado a inversão do corpo masculino sem nenhuma preocupação com as diferenças. Reforçou que a homo-transfobia é um problema contemporâneo que enfrenta grandes dificuldades para ser combatido em pleno século 21.

Além do reforço histórico, Regis informar que atualmente muitas igrejas evangélicas ainda atentam contra o Princípio da Dignidade da Pessoa Humana e invocar a necessidade de todos garantirmos a laicidade do Estado brasileiro, principalmente no que tange à construção das políticas públicas inclusivas.

De Campinas.