Paulinho reclama que "aperto" de Temer contra trabalhadores o isola

Depois de tudo que fez sendo o aliado fiel de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), até então presidente da Câmara, para garantir o golpe contra o mandato da presidenta Dilma, Paulinho da Força (SD) chegou para a reunião do grupo montado para discutir a Previdência, nesta quarta-feira (18), reclamando pelo fato de não sido chamado para o gabinete dos sem voto.

Paulinho da Força

Paulinho disse que ao montar sua equipe ministerial, Temer "esqueceu" dele e ainda apresentou propostas contra os dirietos dos trabalhadores que pioram as condições dos dirigentes que defenderam o impeachment.

Tentando camuflar a dor de cotovelo que está sentindo, Paulinho disse que "os trabalhadores não estão no ministério do Temer”. “Foi montado um ministério, e os trabalhadores foram esquecidos", disse Paulinho pouco antes de participar da reunião com Eliseu Padilha, da Casa Civil, e Ronaldo Nogueira, que ocupa a pasta do Trabalho.

Admitindo que não vai conseguir segurar as reações contra as medidas de arrocho, Paulinho afimou: "Temer tem de fazer de tudo para não juntar os contrários. Hoje está claro que há, no movimento sindical, uma grande divisão. Há quatro centrais que vieram aqui e duas que não vieram. Se ele [Temer] começa a apertar os trabalhadores, ele junta esse povo. Aí a situação dele complica mesmo".

Paulinho se refere ao fato da CTB e da CUT, por não reconhecerem o governo ilegítimo de Temer, não compareceram aos encontros convocados pelo governo golpista.