UNEGRO realiza congresso estadual para garantir a igualdade racial

Com o objetivo de debater sobre a garantia da promoção da igualdade racial, a UNEGRO-Goiás realiza seu Congresso Estadual e se prepara para o nacional.

A UNEGRO – Goiás realiza seu Congresso Estadual neste domingo, dia 22, com o objetivo de debater o documento base Nacional, elaborar um Plano 2016/2020, eleger delegados/as para a etapa nacional e elaborar a resolução estadual. O congresso será no auditório Solon Amaral na Assembleia Legislativa de Goiás das 8h às 12h.

A etapa Nacional do Congresso, intitulado "Negros e Negras no poder e em Defesa da Vida", acontecerá em 10, 11 e 12 de junho deste ano na Universidade Federal do Maranhão na cidade de São Luís.

Segundo o presidente da UNEGRO – Goiás, André Nascimento, há a necessidade de se criar uma unidade nesses encontros, que paute a existência de organismos para a criação e o estabelecimento de políticas de promoção da igualdade racial tanto nacionalmente, quanto nos estados e municípios. Essas políticas devem ser voltadas para s execução de políticas públicas para o enfrentamento da violência contra a população negra, de maneira especial os jovens e as mulheres.

Esse congresso pretende ampliar a atuação da UNEGRO nos bairros mais afastados. “Nós vamos cobrar do prefeito Paulo Garcia a volta da Secretaria da igualdade racial, que foi transformada em superintendência, mas que deve voltar a ser Secretaria” afirma André Nascimento.

Para ele, outro ponto fundamental do congresso é a criação de estratégias para a atuação da UNEGRO em outros municípios do estado de Goiás, atuando no sentido de garantir a promoção da igualdade racial e combatendo a violência contra o/a negro/a.

Dentre os pontos abordados no documento nacional estão a crise econômica que atinge fundamentalmente as minorias, aumentando a agressão contra esses povos. O aumento da violência contra os/as negros/as em diversos países no mundo, a crise na América Latina, no Brasil, aborda a luta contra o racismo e os avanços dos últimos anos. “No entanto, há muitas lacunas. Os avanços registrados são insuficientes diante do abissal fosso socioeconômico que historicamente separa pobres e ricos, negros e brancos. Tímidos diante das mazelas decorrentes do racismo que impacta sobre a população negra, com agravantes específicos sobre mulheres e jovens negros e negras” ressalta o documento.