Sem acordo, sabatina do presidente do BC é adiada para o dia 7 

Os senadores da base de apoio do governo ilegítimo de Michel Temer não conseguiram antecipar a sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do banqueiro Ilan Goldfajn, indicado para a Presidência do Banco Central (BC). Depois de ler o relatório favorável à indicação, o senador Raimundo Lira (PMDB-PB) pediu, nesta terça-feira (31), a quebra do interstício de cinco dias, previsto no Regimento do Senado, mas não foi atendido. A sabatina ficou marcada para a próxima terça-feira (7).

Sem acordo, sabatina do presidente do BC é adiada para o dia 7 - Agência Senado

Os senadores Lindbergh Farias (PT-RJ) e Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) não concordaram com a quebra do interstício de cinco dias, sob o argumento de que a dispensa violaria o Regimento Interno do Senado e o cumprimento do intervalo permitiria uma maior participação da sociedade na arguição do indicado.

Lindbergh destacou a necessidade de se investigar melhor um possível conflito de interesse, já que Ilan Goldfajn é sócio-proprietário do Itaú Unibanco, o maior banco privado brasileiro desde agosto de 2010.

Lindbergh chegou a apresentar requerimento para que a Comissão de Ética Pública da Presidência da República se pronunciasse sobre esse possível conflito de interesse. Retirou-o depois que Raimundo Lira anunciou ter recebido ligação de Ilan Goldfajn informando já ter vendido as ações no Itaú Unibanco.

Com a quebra do interstício, a intenção era fazer a sabatina nesta quarta-feira (1º) e viabilizar a participação do novo presidente do BC na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em 7 e 8 de junho, encarregado de definir a taxa básica de juros, a Selic.