Professores da UnB ameaçam fazer greve pela volta de Dilma ao governo

Professores da Universidade de Brasília (UnB) realizaram, na última quarta-feira (8), a assembleia da Associação dos Docentes da Universidade de Brasília (ADUnB). O encontro, que discutiu a atual conjuntura do país, reuniu 148 docentes. A maioria dos presentes manifestou opinião contrária ao governo Michel Temer e afirmou que a presidenta afastada, Dilma Rousseff,foi alvo de um golpe.

Presidenta Dilma Rousseff

Durante a reunião, o pós-doutor em bioética, Volnei Garrafa, sugeriu que a delegação da ADUnB apresente, no congresso do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), em Roraima, uma proposta para que o segundo semestre da UnB não se inicie até que a presidenta afastada Dilma Rousseff volte ao comando do governo. Os participantes da reunião criaram uma comissão de mobilizações da categoria para atos contra o governo interino de Temer.

No mesmo dia, na capital federal, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee) promoveu a 2ª Plenária Nacional de Educação, onde a principal deliberação das entidades presentes foi o lançamento do Comitê Nacional de Educação Contra o Golpe – Fora Temer, em Defesa da Democracia, Nenhum Direito a Menos. O comitê será formado por entidades sindicais, entre elas a CTB, movimentos, fóruns, redes e comissões e atuará até a votação do impeachment no Senado. Segundo os organizadores, após essa data, independente do resultado da votação, o comitê será transformado numa “Frente Nacional em Defesa da Educação Pública, Gratuita, Laica e de Qualidade Referenciada Socialmente”.

Entre as deliberações ficou estabelecida a participação do colegiado em manifestações e atos gerais, bem como na organização do “Ato Pela Educação”, previsto para o dia 29 de junho, em Brasília.