Alice Portugal avalia repercussão do golpe nas eleições municipais
Em semana esvaziada pelas festas juninas no Nordeste, a Câmara dos Deputados se reúne somente nesta terça-feira (28) para sessão de votação. Em discurso no plenário, a deputada Alice Portugal (PCdoB-BA), falou sobre a expectativa para as eleições municipais deste ano. Segundo ela, que é pré-candidata à Prefeitura de Salvador, as eleições municipais refletirão a situação nacional.
Publicado 28/06/2016 11:52
“Nós estaremos trabalhando a discussão acerca do destino dos municípios, mas ninguém conseguirá fugir do diapasão, da circunstância nacional que foi criada a partir de um ato de vingança do presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ)”, avalia a parlamentar.
Segundo ela, na sessão da Câmara que aprovou a abertura do processo de impeachment contra a presidenta eleita Dilma Rousseff, os deputados mostram o perfil e a característica de cada um. “Os 10 segundos foram reveladores; os 10 segundos foram os segundos que mostraram à nação o perfil e o rosto de cada um. Votaram pela mãe, pelo pai, pelo filho, pelo torturador, e não havia sedimento para se afastar uma mulher honrada”, destacou Alice.
Consulta popular
Diante da inconsistência das acusações, reveladas na auditoria realizada pelo Senado, a parlamentar espera que “a presidenta Dilma volte e acene para este Parlamento e para o povo brasileiro com a possibilidade de uma consulta popular acerca da possibilidade ou não de haver eleições ainda este ano ou ano que vem para a Presidência da República”.
Segundo avaliação da deputada, não há crime, não há consistência. “Houve uma armação política para uma alternância forçosa.” E defende, com veemência, “que é o povo mesmo que precisa ser consultado”.