Bolsonaro sendo Bolsonaro: “Erro da ditadura foi tortura e não matar"

Quem assistiu a entrevista do deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ), com aquela cara de coitado dizendo que as ações por crime de apologia ao estupro e à tortura era perseguição, viu outra expressão durante entrevista ao programa Pânico, da rádio Jovem Pan, nesta sexta-feira (8).

Bolsonaro no Panicco - Reprodução

Para não restar dúvida – se é que havia alguma – sobre a posição de Bolsonaro sobre o crime de tortura, ele afirmou: "O erro da ditadura foi torturar e não matar".

E não ficou só nisso: "Naquela época existiam grandes debatedores. O período de 64 foi pintado errado pelo PT. Quem tem dúvida, pergunte para o vovô. E veja como o Brasil era naquela época e compare com hoje em dia".

O deputado é réu no Supremo Tribunal Federal por apologia ao estupro, após ter dito que a deputada Maria do Rosário (PT-RS) não merecia ser estuprada por ser feia. Ma após ser informado que a sua imunidade parlamentar não dava o direito de cometer crimes, inclusive crime de opinião, Bolsonaro falou fino: “Eu apelo humildemente aos ministros dos STF que votaram para abrir o processo para não me condenar, que reflitam sobre esse caso, não só a questão da imunidade aqui [no Congresso], bem como onde eu estou”.

No discurso ele disse que a declaração de apologia ao estupro foi apenas um momento de "explosão". "Entrei em muitos debates na Câmara e explodi algumas vezes. Como foi o caso da Maria do Rosário", disse.

Piada

Essa semana, Bolsonaro foi destaque nas redes sociais após sser flagrando dando um mergulho no asfalto. Bolsonaro tentou fazer o famoso "mosh",um salto feito por artista, geralmente em show de rock, em que se joga do palco e é sustentado pelo público. Mas só ficou na tentativa porque o público não o segurou.