Até o PMDB decide rachar e lançar candidatura à Presidência da Câmara

Contrariando o que disse o minsitro chefe da Casa Civil do governo provisório, Eliseu Padilha, nesta terça-feira (12), o seu partido, o PMDB, decidiu rachar com o chamado "centrão" e lançar uma candidatura própria para a presidência da Câmara dos Deputados.

Marcelo Castro

Padilha disse nesta terça, que que o Palácio do Planalto está "trabalhando” para construir uma candidatura de consenso entre os partidos que integram a base aliada na eleição que escolherá o novo presidente da Câmara.

Enquanto Padilha dava entrevista aos jornalistas, lideranças da legenda estavam discutindo quem seria o candidato. O ex-ministro do governo da presidente afastada Dilma Rousseff, Marcelo Castro já era apontado como favorito e por 28 votos a 18, derrotou no segundo turno do pleito interno o deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), que é presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

“Se for eleito, farei uma administração com transparência, respeito à democracia, com a participação de todos, sem discriminar e sem excluir ninguém”, disse Castro aos jornalistas. Além de Castro e Serraglio, Carlos Marun (MS) também disputou. Fábio Ramalho (MG), que já se inscreveu, vai manter candidatura.

Castro também conta com o apoio de parte da bancada que está insatisfeita com o governo provisório de Michel Temer. No primeiro turno, ele obteve 17 votos, contra 11 obtidos por Serraglio e 11 recebidos por Carlos Marun (PMDB-MS). Fábio Ramalho tinha ficado com 7 votos. Para definir quem iria disputar o segundo turno com Castro, foi usado o critério de idade: Serraglio, por ser mais velho que Marun, acabou alçado do segundo turno.