Rio2016: Conselho brasileiro na Palestina busca apoio a para-atleta

Hussam Fares Azzam será o único para-atleta palestino a participar das Paraolimpíadas de 2016 no Brasil, praticando o arremesso de peso. Azzam já ofereceu ao seu país, a Palestina, inúmeras medalhas. Sendo um para-atleta, palestino e residente em Gaza, na faixa litorânea sob bloqueio pelo Estado de Israel e pelo Egito, o esportista tem encontrado diversas dificuldades.

Palestino

Para Azzam, viver na Faixa de Gaza – onde habitam quase dois milhões de pessoas e que foi classificada por Israel de “território hostil” – é um desafio descomunal para conseguir treinamento e a alimentação adequada para um para-atleta. Significa a incerteza de poder deixar o território para as competições ou ter sua viagem invariavelmente dificultada.

Caso Azzam viaje a Ramallah para conseguir melhores condições, antes da sua partida para o Brasil, o Estado de Israel não permitiria que ele permanecesse ali por mais de duas semanas. Depois deste período, ele teria que seguir para o Brasil ou voltar para Gaza – o que significaria perder a chance de participar das Paraolimpíadas.

Por isso, o Conselho de Cidadãos Brasileiros na Palestina e o Escritório de Representação Brasileira em Ramallah têm procurado dar auxílio ao para-atleta, para que ele possa viajar ao Brasil um mês antes do início do evento. No Brasil, o Conselho espera que Azzam consiga um treinamento e uma alimentação adequados. Ele deve chegar no país até o dia 1º de agosto de 2016. Para isso, o atleta já tem as passagens e o visto, mas precisa do apoio do Comitê Paraolímpico para o treinamento.

Acreditando que o esporte deve significar a união e a solidariedade entre os povos, o Conselho de Cidadãos Brasileiros da Palestina tem buscado apoio para tornar a viagem atempada de Azzam uma realidade, promovendo uma campanha para assegurar a sua jornada, contando com a amizade entre o povo brasileiro e o povo palestino.

Para mais informações, os solidários podem escrever para a página do Conselho de Cidadãos Brasileiros na Palestina no Facebook