Wagner: Luta contra corrupção não pode ser feita a qualquer custo
O ex-ministro da Casa Civil Jaques Wagner comentou nesta sexta-feira (29), em sua conta no Twitter, a ação apresentada pelos advogados do ex-presidente Lula à Comissão de Direitos Humanos da ONU contra abuso de poder do juiz Sérgio Moro, que coordena as ações da Operação Lava Jato em primeira instância.
Publicado 29/07/2016 15:21
"Nenhum presidente na história do Brasil priorizou o combate à corrupção como Lula e Dilma. Nas gestões petistas, a PF e o MP cresceram em tamanho, estrutura e importância, trazendo inúmeros benefícios ao país", lembrou Wagner.
"É preciso entender, no entanto, que a luta contra a corrupção não pode ser feita a qualquer custo", acrescentou o ex-governador. "Não pode, sobretudo, atropelar direitos e garantias constitucionais, como ocorre nas investigações contra o ex-presidente", prossegue o petista.
"Foi por isso que Lula decidiu apresentar uma petição ao Comitê de Direitos Humanos da ONU. Na peça, que se tornou notícia mundo afora, o ex-presidente alega que tem sido vítima de abuso de poder por parte da Operação Lava Jato", explica ainda Jaques Wagner.
A petição apresentada por Lula à ONU ganhou destaque internacional nesta sexta, com reportagens sobre o tema em veículos como a agência Bloomberg, os jornais britânicos Financial Times e The Guardian e o norte-americano New York Times.
Na petição, Lula alega violação dos direitos humanos na condução da Operação Lava Jato, que tem ele como um dos alvos. O advogado especializado em direitos humanos Geoffrey Robertson, que ficou conhecido por defender Julian Assange, explicou em vídeo que juízes não podem ser promotores, o que segundo ele vem ocorrendo no Brasil com Sérgio Moro.