Após pressão de trabalhadores, votação do PLC 257 é adiada

Apresentado pelo interino Michel Temer para negociar a dívida dos Estados e do Distrito Federal com a União, o Projeto de Lei Complementar (PLC) 257/16 é repudiado por trabalhadores do serviço público. A pressão do movimento levou ao adiamento da votação para a próxima semana. A decisão foi do relator Esperidião Amin (PP-SC). O deputado justificou que o tema “é de grande complexidade”. 

Contra PLC 257/16
De acordo com a categoria, que está mobilizada no Congresso Nacional pedindo aos deputados a rejeição do projeto, a iniciativa de Temer vai promover a privatização e retirar direitos dos trabalhadores da área.
 
Por trás do texto do governo interino que renegocia – e alonga por mais 20 anos – as dívidas de estados com a União, está a política de ajuste fiscal e controle de gastos.
Na opinião do secretário do Serviço Público e do Trabalhador Público da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), João Paulo Ribeiro (JP), o projeto promove o sucateamento da máquina pública e a retirada de dezenas de direitos conquistados ao longo dos anos pelos trabalhadores do setor.
“Ficaremos de prontidão até obtermos um resultado positivo contra esse projeto nefasto que estimula o desmonte do Estado e da categoria. O fim dos concursos públicos, do serviço e dos servidores públicos está em jogo, por isso estamos aqui lutando contra”, declarou JP.
A CTB está presente no Congresso com trabalhadores de diversos estados, entre eles, Sergipe, Minas Gerais e Goiás. 
Nesta segunda-feira (1), cerca de 100 servidores estiveram no aeroporto Juscelino Kubitscheck cobrando os deputados pela derrubada do projeto. 
Os trabalhadores também tem visitado os gabinetes dos parlamentares explicando os prejuízos que a aprovação do PLC pode trazer aos trabalhadores.