Frente vai atuar em defesa do serviço público e contra retrocesso

Nesta terça-feira (13) foi lançada no Senado a Frente Parlamentar Mista em Defesa do Serviço Público. Segundo João Paulo Ribeiro (JP), Secretário do Serviço Público e dos Trabalhadores Públicos da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), foi a primeira resposta dos servidores aos projetos que tramitam no Congresso e ameaçam os trabalhadores. Pela manhã, a marcha na Esplanada reuniu cerca de 10 mil pessoas e teve apoio de cinco centrais de trabalhadores.

Por Railídia Carvalho

servidores públicos em Brasília - Hugo Pereira/Mídia Ninja

“O que está instalado em nosso país é um estado de exceção onde não pode mais ter política pública para a população. A melhoria de vida da sociedade e da população dependem de políticas públicas. Estamos aqui para defender o serviço público”, explicou JP.

Na opinião dele, a criação da Frente Parlamentar fortalece o movimento nacional de entidades em defesa do serviço público. “O que está em jogo é tudo o que conquistamos e aprimoramos nos últimos anos. Corremos o risco de com esse governo tudo retroceder”, acrescentou o dirigente.
Nova Central, CTB, Central Única dos Trabalhadores e Força Sindical integraram o movimento dos servidores públicos nesta semana. Também se somaram aos atos Intersindical e CSP-Conlutas.
Precarização do serviço público
Denunciar e barrar a aprovação de projetos que fragilizem o serviço público é o objetivo das manifestações em Brasília. Entre os alvos dos trabalhadores está a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 241, que congela gastos públicos por 20 anos e reduz o financiamento para as áreas de saúde e educação. 
 
Os trabalhadores também são contrários ao Projeto de Lei Complementar (PLP) 257 que, de acordo com as entidades, ataca estruturalmente os trabalhadores e o serviço público, com redução, entre outras coisas, de despesas com pessoal. De outro lado, o Projeto de Lei do Senado (PLS) 559 pode extinguir o serviço público no Brasil.
Na opinião do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), o PLS precariza as relações de trabalho no serviço público. E em caso de aprovação, prejudicará “a prestação do serviço público à população, sobretudo a mais carente”.