Fidel, futebol e rock’n’roll

Para quem já viu a famosa foto de Fidel Castro e Camilo Cienfuegos com uniforme de beisebol defendendo a equipe chamada Los Barbudos ou para quem acha que o líder da Revolução Cubana passa seus dias ouvindo apenas Buena Vista Social Club, apresentamos onde futebol e rock aparecem na vida do comandante.

Por Thiago Cassis*

Manic Street Preachers - Divulgação

A história começa em 1986, quando Diego Maradona visitou Cuba pela primeira vez. Após conquistar o Mundial, com direito a derrotar a Inglaterra ainda com as cicatrizes abertas das Malvinas, Maradona viajou até a ilha revolucionária para presentear Fidel com a camisa 10 que usou no torneio mundial e em troca ganha o boné do comandante.

De lá pra cá, Dieguito já viajou muitas vezes para Cuba, em um documentário sobre o atleta dirigido pelo sérvio Emir Kusturica, podemos ver algumas dessas viagens e encontros entre Maradona e Fidel (assista ao trailer do documentário abaixo).


Registro do primeiro encontro entre Fidel e Maradona
 
O jogador levou suas filhas ainda pequenas para conhecer Fidel (aqui) e quando teve graves problemas com a cocaína, durante os anos 90, o craque argentino chegou a se tratar na ilha, com o apoio de líder revolucionário.
 

Na Internet também é possível encontrar a entrevista (aqui) que Maradona realizou com Fidel Castro. O episódio mais recente da amizade entre ambos, foi uma carta escrita por Castro para o jogador em 2015. (saiba mais aqui)

Do futebol ao rock galês…

Diretamente do País de Gales vem o Manic Street Preachers. A banda que admira a Revolução Cubana e lançou seu primeiro disco em 1992, faz constantes críticas ao sistema capitalista e suas injustiças e contradições.


Maradona fez uma tatuagem em homenagem a Fidel 


O concerto em Cuba virou o DVD Louder Than War (Mais alto do que a Guerra) em referência a um trecho do diálogo entre a banda e o comandante que ao ser avisado pelos músicos sobre o volume da durante a apresentação, respondeu: "não pode ser mais alto do que a guerra, pode?".

Fidel assistiu a apresentação inteira, que aconteceu em fevereiro de 2001. Um público de 5.000 pessoas esteve presente para o primeiro show de uma banda grande em Cuba em mais de 20 anos.

Os músicos foram aplaudidos de pé por Castro ao tocar a música "Baby Elian", em referência ao caso do menino Elián González, cuja disputa dos pais pela guarda dele virou uma verdadeira batalha diplomática entre Cuba e EUA. (entenda o caso aqui)

E para encerrar o próprio Manic Street Preachers tocando rock na presença de Fidel, com a música "Baby Elian":