Patrício Montesinos: O espetacular Fidel
Espetacular! Fidel, o escutei como sempre, claro e preciso em suas ideias, e o vi desde longe com um dedo de uma das mãos, de costume, levantado. Um sinal de sua fortaleza moral, e de que segue e seguirá sendo eternamente o comandante em chefe de todos os cubanos e dos homens dignos deste mundo.
Patricio Montesinos*
Publicado 13/08/2016 02:15
Em seu breve porém exaustivo discurso no encerramento do 7º Congresso do Partido Comunista de Cuba, Fidel foi Fidel, não esqueceu os mais despossuídos, os irmãos latino-americanos e africanos. Também não esqueceu líderes históricos como Vladímir Ilitch Lênin, e a grandiosa Revolução de Outubro de 1917.
Da revolução protagonizada pelo valente povo russo há 99 anos, assegurou com voz firme que significou um enorme passo na luta contra o colonialismo e seu inseparável "companheiro", o imperialismo.
O maior visionário da última centúria e também desta, alertou uma vez mais sobre os graves problemas que o mundo deverá enfrentar e do risco de desaparecer que a espécie humana corre, por causa da mudança climática.
Assegurou seguidamente que o perigo maior que hoje se projeta sobre o planeta terra é o poder destrutivo do armamento moderno, que poderia solapar a paz e fazer impossível a vida humana sobre nossa superfície terrestre.
O ex-presidente cubano, que neste 13 de agosto celebra seus 90 anos, deu uma aula magistral de história. Falou do presente e fez augurios sobre o futuro, para que se evite uma eventual tragédia, que terminará definitivamente com a humanidade.
Coerente, como desde sua juventude, Fidel foi otimista ao assinalar que se se trabalha com fervor e dignidade, se pode produzir os bens materiais e culturais que se necessitam, e devemos lutar sem trégua para obtê-los, apontou.
O guerrilheiro de todos os tempos expressou que "a nossos irmãos da América Latina e do mundo devemos transmitir que o povo cubano vencerá".
Sempre apostando na vitória, expressou que "empreenderemos a marcha e aperfeiçoaremos o que devemos aperfeiçoar, com lealdade meridiana e força unida", da mesma forma que fizeram os heróis libertadores José Marti, Antonio Maceo e Máximo Gómez, em marcha imparável, precisou.
Fidel não se despediu quando disse que "talvez seja uma das últimas vezes que falo nesta sala", porque em seu discurso sublinhou também que as ideias dos comunistas cubanos permanecerão, e as dele, que ninguém tenha dúvidas, perdurarão e se multiplicarão em milhões de pessoas.