Flávio Dino aplaudido no desfile de Sete de Setembro, Temer vaiado

Se em Brasília o ilegítimo presidente Michel Temer escutou gritos de "Fora Temer"  "golpista" durante o desfile militar de 7 de setembro, seu primeiro evento público desde que foi efetivado, em São Luís (MA), o governador do Estado, Flávio Dino, primeiro governador eleito pelo PCdoB na história do pais, foi recebido sob o aplauso de milhares de pessoas enquanto desfilava em carro aberto do exército durante a tradicional revista à tropa.

"O momento foi de união e respeito pelo Brasil", pontuou Flávio Dino. O governador destacou que o evento representa uma homenagem àqueles que lutaram e continuam a lutar pela grandeza do nosso país e pela soberania nacional. “Minha presença aqui representando o nosso Estado, o poder civil e a sociedade, é para prestar essa homenagem aos que fizeram a Pátria ontem e que continuarão fazendo hoje. É uma tradição muito importante para o país e para o nosso Estado”, enfatizou Dino.

Já Michel Temer, que estava sem a faixa presidencial, chegou em carro fechado ao desfile da independência em Brasília para evitar possíveis tumultos e retaliações. Ao abrir mão do Rolls Royce da Presidência, Temer quebrou com a tradicional revista às tropas feita pelo chefe do poder executivo.

Ainda assim, não foi possível abafar as vaias de protesto contra o presidente. Ao ser anunciado pela produção do evento, Temer foi vaiado pela plateia. Durante a execução do Hino Nacional, as pessoas continuaram a entoar gritos de "Fora Temer" e "golpista".

Essas diferenças nas recepções da população a Dino e a Temer durante uma data tão importante para a memória nacional refletem o nível de identificação e aceitação que os brasileiros realmente têm para cada tipo de governante.

Várias manifestações contra o golpe, contra o governo Temer, e em defesa da democracia já foram realizadas durante o feriado da Independência em todo o país. Em São Luís, manifestantes contra o golpe foram às ruas durante o desfile entoando em uníssono o grito de "Temer ladrão", enquanto Flávio Dino deixava o ato ovacionado pelo povo que o elegeu.