Publicado 12/09/2016 17:14

Na última sexta-feira (9), a Veja antecipou a capa da revista desta semana que trazia uma entrevista com o demitido Advogado-Geral da União de Temer, Fábio Medina Osório, afirmando que sua queda foi motivada porque o governo e líderes aliados estariam interferindo nas investigações para abafar a Lava Jato.
Nesta segunda-feira (12), o ministro da Casa Civil e braço direito de Temer, Eliseu Padilha disse que “este tema é um tema de ontem", ao ser questionado por jornalistas se "o governo tem a intenção de parar a Lava Jato".
"Hoje, ontem e amanhã, não há absolutamente nada de parte do governo que não seja estimular a Lava Jato", disse Padilha, durante participação em evento realizado em São Paulo.
Segundo Padilha, a declaração de Osório e de "quem fizer qualquer tipo de afirmação dessa ordem está querendo fazer com que o holofote da Lava Jato lhe dê um pouquinho de luz, só isso".
Mas as afirmações de Osório confirmam o que disse o senador Romero Jucá (PMDB-RR), em conversa com o Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro por indicação da cúpula do PMDB. Jucá disse na conversa gravada antes da votação da admissão de abertura do processo de afastamento da presidenta eleita Dilma Rousseff, que o impeachment e a posse de Temer seriam o caminho para “estancar a Lava Jato”.
As gravações de conversas do ex-presidente Lula com ministros e advogados em nada se compara com tais conversas, nem tampouco se aproximam das afirmações do ex-advogado da União demitido por Temer. No entanto, diuturnamente, a grande imprensa repetia exaustivamente com comentários e ilações, gerando inclsive a açãod o Judiciário impedindo a posse de Lula como ministro.
Apesar das denúncias de que o governo ilegítimo de Temer leva adiante o plano de obstrução da Lava Jato, não somente pela oposição, mas por seus pares, já que Osório ocupou a AGU indicado pelo próprio Padilha, nada parece acontecer.