Arrocho desgastou ditadura e desgastará Temer, avalia CTB
O desgaste da ditadura foi crescente na medida em que a classe trabalhadora percebeu o arrocho salarial como política oficial de Estado (Decretos 2.045 e 2.064 etc.). Com Temer, não será diferente.
Publicado 21/09/2016 13:34

A análise é de Adilson Araújo, dirigente bancário e presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil). “O degaste será crescente – e acelerado – na medida em que os trabalhadores da ativa e aposentados forem sentindo na pele que são o alvo do ajuste neoliberal do governo”, ele afirma.
O presidente da CTB está otimista quanto ao ato unitário – “Nenhum Direito a Menos!” – convocado por nove Centrais: CUT, UGT, Força Sindical, CTB, Nova Central, CGTB, Conlutas, CSB e Intersindical. A mobilização ocorre quinta (22). “Será nacional e forte. As Centrais estão unidas e não resta dúvida sobre a natureza dos ataques às conquistas da Constituição, aos direitos trabalhistas e contra a Previdência Social”. O protesto, ele comenta, reforçará a construção da greve geral defendida por amplos setores sindicais.
A concentração começará às 10 horas em frente à Fiesp; às 11 horas, as Centrais divulgarão manifesto e o entregarão à entidade patronal, reafirmando posições pró-crescimento da economia, menos juros e reforço à indústria nacional. Às 16 horas, haverá concentração de Servidores públicos e professores no vão livre do Masp.
Adilson Araújo também avaliou a greve nacional dos bancários. Para o cetebista, “é uma paralisação das mais fortes, e com inteira razão de ser, porque os bancos ganham muito, com juros e tarifas pesadas em cima dos clientes, e não querem pagar sequer a reposição da inflação para os trabalhadores”.