Militantes do PCdoB agredidas reforçam convicção de lutar
Um dia após as agressões sofridas por policiais militares, a onda de indignação, apoio e carinho transborda para as militantes comunistas que foram levadas à Polícia Federal no último domingo (02) sob acusação de prática ilegal de boca de urna em Fortaleza. Germana Amaral, dirigente da UNE no Ceará; Nara Arruda, membro da UJS e Andrea Oliveira, membro da Direção Estadual do PCdoB-CE foram acusadas de cometer a prática criminosa no Instituto Federal do Ceará (IFCE).
Publicado 03/10/2016 13:36 | Editado 04/03/2020 16:24
Para a secretária estadual de comunicação do PCdoB-CE, Andrea Oliveira, a truculência tinha objetivo de intimidar as manifestantes. “Eles querem instaurar o medo, principalmente para a campanha do segundo turno. Mas nós não nos intimidaremos”, garante. Ela afirma ainda que, apesar das agressões físicas e verbais, continuará na luta. “Depois de passar por tudo isso, receber tanto carinho, reafirmo minhas convicções, de lutar pela democracia, pelo povo e pelo direito de ir e vir. Por mim, pelo meu filho, pelo meu partido, por todos nós!”
Em sua página na rede social, Nara Arruda, filha do secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação Inácio Arruda, reforçou sua conduta e afirmou não ter agido para que tamanho absurdo fosse desencadeado. “Tenho muita tranquilidade quanto aos meus atos cidadãos, honestos e dignos, que sempre mantenho desde que me entendo por gente. É assim que fazemos política na minha família e no meu partido”. Segundo Nara, apesar do ocorrido, sua convicção também continua intacta. “Não se preocupem, ontem eu iniciei o dia dizendo que o adorava, e estava empolgada com as candidaturas comunistas. Hoje continuo gostando deste dia e preservarei a alegria que ele carrega, nosso máximo momento de exercício da cidadania e democracia, ainda que hoje vivamos um estado de exceção”. Citando o pai, ela encerra sua declaração afirmando: “Vamos firmes e fortes!”
Policiais serão investigados
Após a imensa repercussão e pressão junto aos órgãos oficiais, o Governo do Estado divulgou nota em que afirma que os policiais envolvidos no caso serão investigados pela Controladoria Geral de Disciplina (CGD). Ainda segundo a nota, o Governo do Estado “repudia qualquer tipo de ação ilegal ou truculenta por parte dos seus agentes de segurança”.