Mais de 3 mil imigrantes morreram no Mediterrâneo este ano

Um total de 3.502 pessoas perderam a vida no mar Mediterrâneo enquanto pretendiam chegar a Europa em busca de refúgio nos primeiros nove meses de 2016, revelou hoje a Organização Internacional para as Migrações (OIM).

Refugiados sírios - ACNUR

Em relatório divulgado nesta terça-feira (4), o órgão informa que embora o número de migrantes que chegaram à Europa tenha diminuído em 200 mil, a cifra de mortos é superior à do mesmo período do ano anterior, quando se reportaram menos de três mil mortes.

Até o dia 1 de outubro deste ano, chegaram à Europa cerca de 300 mil migrantes, 167 mil deles à costa grega, 132 mil na italiana e mais de 4 mil a outros países da região, enquanto em 2015 se registraram mais de 500 mil, agregou.

A maior parte das mortes foi registrada na rota do Mediterrâneo Central, da costa norte da África a várias ilhas do sul italiano, e diminuíram na região do Mediterrâneo Oriental, da Turquia à Grécia pelo mar Egeu.

A partir do acordo migratório assinado no final de março entre a União Europeia e a Turquia para a devolução a esse país dos migrantes que dali chegassem a território grego, houve uma redução de 98% no uso dessa rota em relação a 2015, quando por ela passaram 885 mil pessoas.

Um recente estudo do Centro de Análise de Dados sobre a Migração Global da OIM sobre as causas do aumento de mortes indica que no Mediterrâneo Central os trajetos são mais longos e perigosos, além do fato de que com frequência os contrabandistas sobrecarregam os barcos.