Angela Albino assina petição para tentar barrar PEC 241 no STF
Após aprovação na Comissão Especial, oposição tenta barrar o trâmite da matéria que pode seguir para o Plenário da Câmara na próxima semana.
Publicado 07/10/2016 17:32 | Editado 04/03/2020 17:13

Os deputados federais dos partidos de oposição ao governo Temer ingressaram com um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) para suspender a tramitação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241/16. A peça contesta a legalidade da PEC, pois interfere na autonomia administrativa e financeira dos poderes Judiciário e Legislativo, e viola o direito democrático dos próximos cinco presidentes.
A Deputada Angela Albino, que integrou a comissão especial e foi uma das sete parlamentares contrárias ao projeto aprovado na última quinta-feira (6), é uma das autoras da ação. Angela firmou posição contrária à PEC 241 quando ainda participava da campanha para a prefeitura da capital. “Não se faz economia com redução de saúde, de educação, segurança, assistência social. É criminosa essa proposta e ela irá afetar muito a qualidade dos serviços públicos oferecidos à população”, disse Angela Albino.
A PEC 241 congela por 20 anos o investimento em áreas cruciais para o povo brasileiro, como educação e saúde, aprovou o relatório do deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS) na tarde desta quinta-feira (6). Agora, a análise da PEC segue para Plenário, onde deve ser apreciada na próxima semana, conforme anunciado pelo presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Em sete horas de falas contrárias e favoráveis à proposta e discussões entre parlamentares da base e manifestantes, a maioria conseguiu levar adiante a votação da matéria por 23 votos a 7. Agora, para ser aprovada, a PEC 241 precisa de, pelo menos, 308 votos favoráveis, em dois turnos no Plenário.
O texto foi enviado por Michel Temer logo que o então vice assumiu interinamente a Presidência da República com a promessa de limitar os gastos públicos e tirar o país do “vermelho”, como brada a recém-lançada campanha do Poder Executivo. Na prática, no entanto, a PEC 241 interfere na gestão dos próximos cinco presidentes e acaba com políticas públicas importantes para a população.