Deputada Isaura Lemos apoia a greve da Saúde

Trabalhadores da Saúde de Goiás estão em greve desde meados de setembro. A deputada Isaura Lemos se reuniu com a categoria em apoio a greve.  

Isaura em apoio aos grevistas da saúde.

Desde a terça, dia 20 de setembro, os servidores da saúde deflagraram greve e as unidades de Saúde tiveram os atendimentos reduzidos garantindo somente os serviços de urgência e emergência. Nesta data, às 14 horas, também houve uma mobilização na Assembleia Legislativa para solicitar diálogo com o governador e pedir que se atenda as reivindicações da categoria.

A decisão da greve foi tomada pela maioria dos trabalhadores após o governador Marconi Perillo encaminhar à Assembleia Legislativa a proposta de Lei 2759/16 que altera a Lei 14.600/2003 propondo o corte de, no mínimo, 50% do Prêmio de Incentivo e do Prêmio Adicional (Produtividade). Preocupados com essa ameaça de corte no rendimento, os trabalhadores e trabalhadoras ocuparam a sala do secretário de Saúde, Leonardo Vilela, e cobraram uma explicação.

Já no primeiro dia de greve, servidores e servidoras estaduais da Saúde lotaram o hall de entrada da Assembleia Legislativa numa demonstração de unidade e força para lutar contra a política nefasta de retirada de direitos trabalhistas realizada pelo Governo de Goiás.
O movimento reivindica o arquivamento definitivo do Projeto de Lei 2759/16 – de autoria da governadoria – que prevê a redução e até a extinção da produtividade, além do pagamento dos seis anos da data-base – 2007 a 2010 e 2015 e 2016 – que já acumula uma perda salarial de 48% sob o salário dos servidores e servidoras da Saúde.

No quarto dia de paralisação, os servidores e servidoras estaduais da saúde já conquistaram a revogação do decreto 8.747/16 e a devolução do projeto de Lei 2759/16 à Casa Civil. No entanto, acreditam que esse recuo é temporário e por isso, seguem mobilizados para garantir o fim das ameaças de retirada da gratificação de produtividade, o pagamento da data-base e o cumprimento integral do Plano de Carreiras. Segundo a presidenta do Sindsaúde, Flaviana Alves, os avanços motivaram a adesão ao movimento.

No dia 03 de outubro foi realizada a primeira reunião de negociação do Sindsaúde com o secretário da pasta. Em suas primeiras palavras, o secretário da Saúde, Leonardo Vilela, disse que vai entrar com uma ação pedindo a ilegalidade da greve na Saúde. Segundo ele, tal motivação se dá pelo simples fato do princípio da administração pública e pelo apego as formalidades que manda a situação.

A presidenta do Sindsaúde, Flaviana Alves afirmou que o movimento é legítimo juridicamente e que todas as ações foram criteriosamente feitas dentro da legalidade. E completou ainda dizendo que “a única ilegalidade nesse processo é o calote de seis anos da data-base e o congelamento do Plano de Carreiras, colocados em prática pelo Governo de Goiás”.

Por não ter autonomia gerencial, o secretário se limitou em apenas intermediar um encontro do governador Marconi Perillo com o Sindsáude e o comando de greve para negociar a pauta de reivindicação do movimento. Leonardo disse que vai encaminhar, em caráter de urgência, esse ofício pedindo a reunião e que faz questão de participar de todo o processo de negociação.

Na quinta-feira, dia 06 de outubro, a deputada estadual Isaura Lemos esteve com os grevistas em frente à Assembleia Legislativa de Goiás onde eles estão acampados. A deputada prestou apoio a greve, ouviu as reinvindicações dos grevistas e está junto com eles nessas solicitações, que a deputada considera justas e de extrema urgência para melhorar a precariedade do trabalho desses servidores em algumas unidades e ainda melhorar as condições de trabalho da categoria.

Em apoio a greve, a deputada Isaura encaminhou requerimento ao governador Marconi Perillo pedindo que providências sejam tomadas no sentido de atender as reivindicações dos servidores estaduais da saúde.