Mídia omite assassinato de crianças na Síria pela Frente al-Nusra

As áreas controladas pelo governo em Alepo, na Síria, foram atingidas pelo fogo dos terroristas. O ataque levou a vida de sete crianças e feriu dez. A mídia ocidental ignorou a tragédia, pois tal notícia não corresponde à posição ocidental em relação à crise na Síria.

Crianças em um dos bairros de Alepo, destruído pela guerra

Na quinta-feira (13), enquanto crianças em Alepo estavam indo para escola, terroristas fizeram fogo de morteiros contra o distrito cristão de Suleiman.

Alguns projéteis explodiram perto da entrada de uma escola, matando algumas crianças. Dez crianças ficaram feridas e foram levadas ao hospital com ferimentos graves, disse o representante do hospital Al Razi à agência russa RIA Novosti.

Praticamente, todos os dias, terroristas no leste de Alepo lançam fogo contra a parte ocidental da cidade. Eles habitualmente intensificam o fogo quando o exército sírio realiza ofensivas.

Algumas famílias foram vítimas do ataque. Uma menina foi morta e o seu irmão ficou gravemente ferido, sendo levado ao hospital.

"O projétil explodiu muito perto dele. O menino foi alvo dos estilhaços e sofreu um grave dano no crânio. Há fragmentos de projéteis na cabeça dele. As chances são pequenas, mas o seu coração ainda está batendo. Vamos lutar por sua vida", disse o doutor Dzhan Fattouh à RIA Novosti.

Segundo a equipe médica, desde o começo de setembro, 130 crianças foram mortas em ataques realizados em bairros residenciais.

Entretanto, a mídia ocidental ignora a tragédia. "Hoje li e vi reportagens sobre este ataque", disse Nikolai Pakhomov, presidente do Departamento de Consultoria de Nova York.

A mídia comunica a posição norte-americana e, como o recente ataque em Alepo contradiz a abordagem, simplesmente o ignora. Entretanto, notícias alternativas sobre a situação foram divulgadas pela mídia ocidental.

"Ativistas, especialistas e algumas publicações afirmam repetidamente que os adversários de Bashar al-Assad cometeram crimes. Mas a situação geral é como eu a descrevi", disse Pakhomov à RIA Novosti.