Sem negociação, greve da saúde passa de um mês em Goiás

Em assembleia realizada em 19 de outubro, trabalhadores e trabalhadores da saúde decidiram pela manutenção da greve até que o governo atenda aos pedidos da categoria

Trabalhadores da saúde em greve na porta da Assembleia Legislativa de Goiás.

Depois de mais uma rodada de negociação sem nenhuma proposta efetiva, os trabalhadores e trabaljadoras estaduais da Saúde decidiram continuar com a greve até que o Governo pague os 48% de perdas salariais referentes há seis anos sem a reposição inflacionária (data-base). A assembleia geral aconteceu dia 19 de outubro, na Assembleia Legislativa de Goiás.
Com mais de 30 dias em greve, os servidores e servidoras acreditam que o movimento tende a crescer e se fortalecer ainda mais com a decisão dos médicos anestesiologistas de aderir à greve. Já são mais de 2 mil trabalhadores e trabalhadoras que decidiram paralisar os atendimentos até que tenham seus direitos devolvidos.

“O governador não vai nos vencer pelo cansaço! Queremos voltar a trabalhar, mas desde que tenhamos a reposição dos 48% dessas perdas salariais. Não temos condições de continuar recebendo o mesmo salário de seis anos atrás”, afirmou a presidenta do Sindsaúde, Flaviana Alves.

Após as deliberações, os trabalhadores e trabalhadoras ocuparam a galeria do plenário da Assembleia Legislativa, e com gritos de ordem como “Marconi caloteiro, devolve meu dinheiro” forçaram os deputados a encerrarem a sessão.

Em seguida, os servidores e servidoras interditaram a Avenida Anhanguera – próxima a Agência Central da Caixa Econômica – e fecharam o trânsito nos dois sentidos da avenida. Eles aproveitaram o momento para dialogar com a população e explicar os motivos que os levaram a paralisar os atendimentos.

Texto extraído do site do Sindsaúde/GO disponível em: http://www.sindsaude.com.br/noticias_ver/sem-negociacao-a-greve-da-saude-chega-a-31-dias

Durante o trajeto, os trabalhador@s entregaram uma “Carta à População” que retrata as precárias condições de trabalho e assistência dos hospitais públicos. Eles percorreram a Avenida Anhanguera até a Avenida Tocantins e retornaram para o local de concentração da greve.