Sem negociação, greve da saúde passa de um mês em Goiás
Em assembleia realizada em 19 de outubro, trabalhadores e trabalhadores da saúde decidiram pela manutenção da greve até que o governo atenda aos pedidos da categoria
Publicado 21/10/2016 15:07 | Editado 04/03/2020 16:43

Depois de mais uma rodada de negociação sem nenhuma proposta efetiva, os trabalhadores e trabaljadoras estaduais da Saúde decidiram continuar com a greve até que o Governo pague os 48% de perdas salariais referentes há seis anos sem a reposição inflacionária (data-base). A assembleia geral aconteceu dia 19 de outubro, na Assembleia Legislativa de Goiás.
Com mais de 30 dias em greve, os servidores e servidoras acreditam que o movimento tende a crescer e se fortalecer ainda mais com a decisão dos médicos anestesiologistas de aderir à greve. Já são mais de 2 mil trabalhadores e trabalhadoras que decidiram paralisar os atendimentos até que tenham seus direitos devolvidos.
“O governador não vai nos vencer pelo cansaço! Queremos voltar a trabalhar, mas desde que tenhamos a reposição dos 48% dessas perdas salariais. Não temos condições de continuar recebendo o mesmo salário de seis anos atrás”, afirmou a presidenta do Sindsaúde, Flaviana Alves.
Após as deliberações, os trabalhadores e trabalhadoras ocuparam a galeria do plenário da Assembleia Legislativa, e com gritos de ordem como “Marconi caloteiro, devolve meu dinheiro” forçaram os deputados a encerrarem a sessão.
Em seguida, os servidores e servidoras interditaram a Avenida Anhanguera – próxima a Agência Central da Caixa Econômica – e fecharam o trânsito nos dois sentidos da avenida. Eles aproveitaram o momento para dialogar com a população e explicar os motivos que os levaram a paralisar os atendimentos.
Texto extraído do site do Sindsaúde/GO disponível em: http://www.sindsaude.com.br/noticias_ver/sem-negociacao-a-greve-da-saude-chega-a-31-dias
Durante o trajeto, os trabalhador@s entregaram uma “Carta à População” que retrata as precárias condições de trabalho e assistência dos hospitais públicos. Eles percorreram a Avenida Anhanguera até a Avenida Tocantins e retornaram para o local de concentração da greve.