Venezuelanos organizam novas manifestações em apoio à Maduro

Seguidores do Governo Bolivariano se mobilizarão, nesta quinta-feira (27), nos estados Carabobo e Bolívar, com o propósito de repudiar as ações inconstitucionais da oposição para ativar um referendo revogatório contra o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.

Manifestação na Venezuela - Reprodução

Assim anunciou no início da semana o vice-presidente do Partido Socialista Unido da Venezuela, Diosdado Cabello, que acusou à Mesa da Unidade Democrática (MUD) e outras organizações opositoras, de "desrespeitar a Constituição e tentar gerar caos para chegar ao poder por vias ilegais".

Durante seu programa Con el mazo dando, transmitido pela Rede Venezuelana de Televisão (VTV), o dirigente socialista também culpou à MUD e o presidente da Assembleia Nacional (de maioria opositora), Henry Ramos Allup, de promover a ingerência dos Estados Unidos na nação sul-americana.

"Temos muitas conquistas a defender, muitas razões para permanecer nas ruas apoiando Maduro e, sobretudo, para demonstrar nossa disposição de defender a soberania deste povo ante qualquer potência ou organização estrangeira que pretenda subjugá-los", disse.

Frente ao novo plano da direita, que busca consumar um golpe parlamentar, o antídoto perfeito é a mobilização popular, assegurou o também deputado à Assembleia.

O povo venezuelano concentrou-se nas últimas terça e quarta-feira na sede do Governo, em Caracas, e em outros territórios, para apoiar a gestão econômica do chefe de Estado, respaldar o início de diálogos pela paz em 30 de outubro próximo e repudiar a tentativa de golpe de Estado perpetrado no Parlamento.

Nos estados Anzoátegui, Barinas, Miranda, Vargas, Falcón e Yaracuy, entre outros, os venezuelanos proclamaram que defenderão seu direito a viver em uma sociedade pacífica, na qual se respeite a ordem constitucional.

Na quarta-feira (26), simpatizantes da oposição se reuniram em vários pontos do país, em alguns dos quais protagonizaram atos violentos contra as autoridades da ordem pública. Só no estado de Miranda, faleceu o oficial José Alejandro Molina Ramírez e outros dois militares ficaram feridos, segundo informou o ministro do Interior, Justiça e Paz, Néstor Reverol, em uma conversa telefônica com a VTV.

Cabello lamentou a morte de Molina Ramírez e reiterou que 'o povo venezuelano se manterá mobilizado em defesa de seus direitos'.

Na sexta-feira a marcha será no estado Portuguesa, anunciou.