Estudantes são impedidos pela polícia de entrar no Senado 

Os estudantes que queriam acompanhar as votações no Congresso, nesta quarta-feira (9), foram impedidos por ação violenta da Polícia Legislativa do Senado e Polícia Militar do Distrito Federal. Com spray de pimenta e intimidação, sacando armas de efeito moral, os policiais tentaram dispersar os estudantes que esperavam na entrada secundária do Senado.  

Estudantes são impedidos pela polícia de acompanhar votações no Senado

“Em nenhum momento nós forçamos a entrada”, disseram os estudantes, explicando que queriam acompanhar a votação da PEC 55, que está sendo votada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e da Medida Provisória (MP)da reforma do ensino médio na comissão mista que se reúne no Senado.

Isabela Benevides, do Instituto de Educação do Paraná, mostrou a perna ferida após cair em um buraco fugindo da violência policial. Preocupados com a ação policial, que tentava identificar os manifestantes, eles disseram que querem acompanhar as votações no Congresso e manifestar a oposição às medidas golpista de Michel Temer que vão prejudicar a educação pública do país.

“Nós somos contrários a PEC dos gastos, da reforma do ensino médio, da Escola Sem Partido …”, disseram os estudantes, para acrescentar em uníssono: “E em defesa da educação”.

Ao tomar conhecimento da ação policial, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) criticou a medida e pediu ao presidente da CCJ, senador José Maranhão (PMDB-PB), que intercedesse junto ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) para liberar a entrada dos manifestantes.

"Não é possível a gente ter cerceamento da entrada de pessoas no Senado. Temos um auditório vazio aqui do lado que poderia receber estudantes", afirmou. De acordo com a senadora, um estudante chegou a precisar de atendimento médico.

No início da tarde, após a permanência dos manifestantes na entrada do Senado, foi liberada a entrada de 40 estudantes.

http://www.brasilpost.com.br/