Senadores russos esperam melhora nas relações com os EUA

O vice-presidente do senado russo Iliá Umlyanov afirmo nesta sexta-feira (11) ter a esperança em uma melhora das relações entre seu país e os Estados Unidos, após uma clara deterioração nesse sentido com a administração de Barack Obama.

Conselho da Federação Russa - Sputnik

Ao comentar a vitória do candidato republicano Donald Trump nas eleições presidenciais de ontem, Umlyanov afirmou que esperava agora uma diminuição na retórica antirrusa desde o outro lado do Atlântico.

Durante o período de campanha produziram-se pronunciamientos de pura retórica contra nosso país, assumidos por nós como parte das regras do jogo desse processo, declarou o dirigente do Conselho da Federação de Rússia (Senado).

Mas o importante é não transgredir na fina fronteira das relações entre os dois Estados, que possam trazer como consequência danos irreparáveis, considerou.

O parlamentar estimou que "de nenhuma forma deve ser permitido que retóricas eleitorais tomem como reféns os laços bilaterais".

Por sua vez, o presidente do comitê de Relações Internacionais do Senado Konstantin Kosatchov opinou que 50% das decisões na Casa Branca depende realmente do presidente eleito nos Estados Unidos.

Para Trump será uma experiência nova o fato de não poder impor sua opinião pessoal ao Congresso ou outros órgãos do Estado e deverá aprender a procurar compromissos, afirmou Kosatchov.

Além disso, apontou, o multimilionário, que venceu a ex-secretaria de Estado Hillary Clinton com uma diferença a mais de 60 votos dos delegados eleitorais (superior aos 270 necessários), deverá recuperar seus laços com a direção republicana.

Na bancada republicana foram eleitos políticos com um discurso anti-russo como o senador John McCain, que assegurou aplicará medidas para evitar que Trump cumpra com suas favoráveis declarações eleitorais sobre Rússia, afirmou Kosatchov.

Durante a campanha, o multimilionário prometeu recompor os deteriorados vínculos com Moscou e inclusive analisar o positivo do pronunciamiento do povo no referendo de 2014 na Criméia, pelo qual essa península regressou a Rússia.