Oposição vai discutir impeachment e ações penais contra Temer
Os líderes da oposição no Congresso se reúnem, às 18 horas desta segunda-feira (28), para discutir a votação do projeto de combate à corrupção e o contexto político atual. Eles não querem que a demissão do ex-ministro Geddel Vieira Lima ponha fim à crise política que envolve a participação do presidente ilegítimo de Michel Temer no episódio de tráfico de influência dos ex-ministros e do próprio Temer.
Publicado 28/11/2016 15:26

Na sexta-feira (25), o líder da Minoria no Senado, Lindbergh Faria (PT-RJ), já havia adiantado que diante da gravidade da situação, parlamentares da oposição poderão formalizar um pedido de impeachment do presidente Michel Temer. Segundo o senador, a demissão de Geddel não estanca a crise política, nem anula a motivação para o pedido de impeachment de Temer.
Entre os crimes atribuídos a Temer, o senador cita “crime de responsabilidade, de advocacia administrativa e de tráfico de influência.”
Lindbergh informou ainda que a oposição também deverá dar entrada a um pedido para que Temer seja julgado, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), por infração penal comum.
Justificativa
Conforme afirmou o parlamentar, o pedido se justifica pela afirmação do ex-ministro da Cultura Marcelo Calero de que Temer teria interferido em favor de demanda particular do ministro Geddel Vieira Lima, da Secretaria-Geral de Governo, para viabilizar a construção de um edifico em Salvador embargado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), órgão vinculado ao Ministério da Cultura .
“Estamos trabalhando com nossa assessoria jurídica, construindo uma peça de pedido de impeachment do presidente da República, que deve estar pronta até segunda-feira. Falei com a líder da oposição na Câmara, deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), que está conversando com movimentos sociais e com personalidades da sociedade civil, para ver quem vai assinar esse pedido de impeachment”, relatou Lindberg.