Cortejo com cinzas de Fidel Castro passa por última vigília

Pela manhã, os carros que compõem o cortejo deixaram Camaguey logo cedo, entrando na província de Las Tunas às 10h45 (13h45 de Brasília). Assim como ocorreu nas demais paradas noturnas do trajeto, uma vigília na principal praça da cidade homenageará a memória de Fidel em Bayamo.

O percurso atravessa os mesmos locais pelos quais passou a Caravana da Liberdade, realizada em 1959 pelos guerrilheiros de Sierra Maestra após a vitória da Revolução Cubana, liderados por Fidel.

A partida do cortejo se deu na manhã de quarta-feira (30). Saindo da capital Havana, já esteve em Mayaveque, Matanza, Santa Clara, Santo Espírito e Ciudad de Ávila. O destino é Santiago, onde chega no sábado (3) para um ato na praça Antonio Maceo. Será em Santiago que, no domingo (4), os restos de Fidel serão enterrados no mesmo cemitério em que está José Martí, líder do processo de independência cubana dos domínios da Espanha, em 1898.

Em todas as cidades por que passa, o cortejo é recebido por cubanas e cubanos de várias idades que ocupam as ruas para prestar sua homenagem. As bandeiras de Cuba estão sempre presentes, assim como camisetas com imagens dos líderes da revolução e retratos do ex-presidente.

Em Havana as pessoas vão retomando suas atividades. O silêncio que tomou as ruas desde as primeiras horas do anúncio da morte de Fidel já não existe mais. A movimentação de turistas faz com que os estabelecimentos privados abram as portas e recebam os visitantes, importantes para a economia local.

O barulho dos carros e a abordagem aos turistas vão recompondo o ambiente mais agitado de Havana, ao menos durante o dia, já que a recomendação de não se vender bebidas alcoólicas vem sendo respeitada. A música também ainda não voltou, o que deve acontecer a partir de segunda-feira (5/12), data em que se encerra o luto oficial de nove dias.