Venho visitar meu segundo pai, diz Maradona sobre funeral de Fidel

O astro do futebol mundial, Diego Maradona, chegou a Cuba para participar das homenagens ao comandante Fidel Castro nesta sexta-feira (2). Em declarações à TV estatal disse: “venho visitar meu segundo papai, com a lenda que se vai, mas nos deixa um legado muito claro que não podemos trair. Quem crê que Cuba ficará debilitada porque se foi o maior, está equivocado, porque Cuba tem que se fortalecer”.

Maradona e Fidel Castro - Reprodução

Sobre sua relação com a ilha e com o comandante, Maradona afirmou: “em um momento cinza de minha vida Fidel me abriu as portas de Cuba. Ele era quem me aconselhava sobre o que podia fazer”. E com uma metáfora relacionada ao futebol, qualificou Fidel como o máximo guia mundial: “poderiam haver muitos jogadores, mas ele era o líder da equipe mundial de políticos”.

Para Maradona, uma das principais lições deixadas por Fidel é de que devemos “apertar o acelerador com uma campanha de ideias, não de violência”.

“Hoje venho dizer 'até sempre, comandante! Fidel é o maior”, disse o jogador muito emocionado. “Devemos lembrá-lo como a lenda que segue dentro de nós, segue dentro do coração”.

O jogador também enviou uma saudação ao povo cubano e disse que seu coração esta com Cuba. “Sou um soldado cubano, antes de ser um soldado 'macrista' [em referência ao presidente argentino Maurício Macri]. Daria meu coração e todo meu corpo por esta bandeira, por Cuba, Fidel e por Che”.

Fidel Castro e Maradona se aproximaram durante um dos períodos mais difíceis da vida do jogador, quando este passava pelo processo de recuperação das drogas. Por conta disso, até hoje o camisa dez da Argentina considera o líder revolucionário como seu “segundo pai”.