MST solidariza-se com trabalhadores reprimidos pela polícia no RJ
Durante a realização da VIII Feira Estadual da Reforma Agrária Cícero Guedes, no Rio de Janeiro, os feirantes e o público visitante tiveram que lidar com uma situação inesperada. Pela primeira vez em oito edições, as atividades tiveram que ser interrompidas antes do horário.
Publicado 07/12/2016 17:46
Tudo isso ocorreu em função da batalha campal orquestrada pelas forças policiais contra trabalhadores e trabalhadoras do serviço público estadual que protestavam contra o "Pacote de Maldades" do governo do RJ, jogando na classe trabalhadora os resultados da crise.
"Infelizmente, a truculência alcançou a nossa Feira e tivemos que, pela primeira vez em oito edições, encerrar as atividades mais cedo, visando preservar a segurança dos feirantes de todas as idades, bem como o enorme público que assistia a apresentação cultural", classificou em nota a organização do evento.
Neste sentido, os camponeses que seguem em Feira até o final desta quarta-feira (7), se solidarizaram com as vítimas dessa truculência policial.
Confira a nota emitida:
Nós, trabalhadoras e trabalhadores de movimentos sociais do campo e da cidade, dos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo, presentes na VIII Feira Estadual da Reforma Agrária Cícero Guedes, que se realiza no Largo da Carioca, região central da cidade do Rio de Janeiro, repudiamos veementemente a ação truculenta da Tropa de Choque da Polícia Militar no ato dos servidores públicos nesta qerça-feira (6), em frente à ALERJ (Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro).
A ação dos servidores tinha como pauta protestar contra o chamado “Pacote de Maldades” do Governo do Estado do Rio de Janeiro. Segundo nota do Muspe (Movimento Unificado dos Servidores Públicos Estaduais), o pacote ataca os servidores públicos ativos, aposentados e pensionistas, com o congelamento de salários e gastos, aumento da alíquota previdenciária, entre outras medidas.
Também em nota, o SEPE (Sindicato Estadual de Profissionais da Educação) coloca que o governo estadual “tenta impor um pacote impopular, sem debates com a população e sem atacar os verdadeiros problemas que levaram à crise como as isenções fiscais feitas pelos empresários e o dinheiro desviado pelo grupo de Cabral”.
Infelizmente, a truculência alcançou a nossa Feira e tivemos que, pela primeira vez em oito edições, encerrar as atividades mais cedo, visando preservar a segurança dos feirantes de todas as idades, bem como o enorme público que assistia a apresentação cultural do Multibloco ou que passam pela Feira todos os dias.
Toda nossa solidariedade aos trabalhadores e trabalhadoras que lutam constantemente por seus direitos! Os trabalhadores e trabalhadores não podem pagar pela crise! Estaremos na luta com o conjunto da classe trabalhadora, até que a democracia e todos os direitos conquistados sejam respeitados!
Nenhum Direito a Menos!
Lutar não é Crime!
Contra a repressão das lutas populares!