Colômbia e Venezuela voltam a abrir fronteira progressivamente

Os presidentes da Colômbia, Juan Manuel Santos, e da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciaram nesta segunda-feira (19) que voltarão a abrir a fronteira entre os dois países de forma progressiva nesta terça-feira (20), com "máxima vigilância e segurança". Com relação ao Brasil ainda não há nenhuma resolução. Tanto o ministério das Relações Exteriores da Venezuela, quanto o Itamaraty, trabalham para a normalização.

Juan Manuel Santos e Maduro - Divulgação/ Governo da Venezuela

Segundo o ministro de Poder Popular para a Comunicação e Informação da Venezuela, Ernesto Villegas, os ministros da Defesa dos dois países foram instruídos pelos presidentes a coordenar ações para “imediata normalização” das fronteiras.

Maduro ordenou o fechamento das fronteiras para evitar a circulação de cédulas de 100 bolívares que haviam saído do país através de grupos ilegais. Isso porque, um novo lote da moeda local deve ser colocado em circulação até o dia 2 de janeiro.

De acordo com o governo, o fechamento das fronteiras foi estabelecido para evitar que as notas de 100 bolívares que tinham sido tiradas do país por grupos ilegais voltassem a circular. Um lote de novas cédulas de 500 bolívares, por exemplo, que deveria ter chegado à Venezuela na quinta-feira (15), chegou ao país apenas neste domingo (18).

A Agência Venezuelana de Notícias informou que o fechamento das fronteiras é uma estratégia para “continuar com as políticas destinadas a derrotar as máfias criminosas que operam para retirar papel-moeda [de circulação] e, dessa maneira, atacar a estabilidade econômica e social do povo venezuelano”.

Segundo Maduro, o atraso na chegada das notas teria sido provocado por uma sabotagem dos Estados Unidos. A retirada de circulação das notas de 100 bolívares e o atraso na chegada das novas cédulas provocaram protestos e saques pelo país.